Apresentadora da Globo diz que motorista da Uber tentou dopá-la
"Eu comecei a ficar muito mal, comecei a perder os sentidos, falta de ar e com dificuldade até de falar", relatou Bárbara Coelho
A apresentadora da Globo Bárbara Coelho relatou no “Encontro” ter sofrido uma tentativa de dopagem por um motorista da Uber. Ela disse que o episódio ocorreu na última quarta-feira, 10, quando ela solicitou uma corrida para ir ao médico, no Rio de Janeiro.
De acordo com Bárbara, a viagem seria curta, com aproximadamente 10 minutos: “Quando entrei no carro eu não senti nada, eu percebi que o carro tava com um aspecto muito ruim, sujo, mas eu entrei já distraída, a gente fica muito no telefone hoje em dia”, iniciou.
Ela percebeu que algo estava diferente logo no começo da viagem: “Em menos de 2 minutos eu senti um cheiro forte”, contou. Ao sentir um odor estranho, a comandante do “Esporte Espetacular” enviou a localização do veículo para uma amiga próxima, dizendo que algo estranho estava acontecendo no veículo.
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“Muito pouco tempo depois eu comecei a passar mal. Durante esse período, o motorista mandou um áudio estranho pra alguém pedindo cesta básica. Me pareceu uma necessidade de mostrar que era do bem, que tava tudo certo. Foi muito aleatório aquele pedido de cesta básica durante a corrida, primeiro que nem se usa o telefone, ou não deveria usar”, contou a jornalista, que começou a ter sintomas mais fortes.
“Eu comecei a ficar muito mal, comecei a perder os sentidos, falta de ar e com dificuldade até de falar. Aí eu mandei um áudio para o meu marido e falei ‘me espera na porta porque eu tô chegando’. Aí ele [motorista] me olhou muito feio pelo retrovisor, muito assustado, me encarando”, disse Bárbara Coelho.
A jornalista pediu que o motorista parasse em algum lugar. Ele questionou a decisão, porém estacionou o carro. Bárbara disse que pediu ajuda em uma banca e começou a chorar.
Explicação de como o Uber poderia ter tentado dopá-la
Uma toxicologista explicou durante o programa “Encontro” que, de acordo com o que foi relatado por Bárbara, pode ter sido utilizado um solvente orgânico, que se dispersa de forma rápida no ambiente.
“O solvente entra rápido no organismo por meio da respiração, atinge rapidamente o cérebro e gera esses sintomas: sonolência, sensação de desmaio, enjoo e confusão mental”, falou a especialista.
Segundo a profissional, o motorista pode não sofrer os efeitos do solvente devido o vidro aberto. O líquido também pode ter sido borrifado diretamente no lado do passageiro.
Bárbara relatou que registrou uma denúncia na Uber e a empresa respondeu que está investigando internamente. A jornalista afirmou ainda que seguiu com o mal-estar durante o resto do dia.
Em nota para o “Encontro”, a Uber declarou “que trata todas as denúncias com a maior seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis”.
“A empresa disse que até o momento não teve o conhecimento de nenhum inquérito concluído comprovando o uso de quaisquer substâncias com o proposito de dopagem ou indiciamento do suposto motorista agressor”, falou Patrícia Poeta.