Arqueólogos descobrem tumba de 5.000 anos repleta de tesouros antigos
Descoberta em Málaga revela dolmen de 13 metros com conchas marítimas
Arqueólogos descobriram recentemente um túmulo megalítico com cerca de 5 mil anos no sul da Espanha, repleto de artefatos e em excepcional estado de conservação. A descoberta promete lançar nova luz sobre crenças funerárias e redes de comércio antigas.
Este artigo apresenta os principais achados, hipóteses e significados deste monumento para o estudo das populações pré-históricas ibéricas.

O que exatamente foi encontrado nesse túmulo antigo?
O túmulo, situado em Málaga, é um dolmen extenso com comprimento de cerca de 13 metros, construído com lajes verticais e compartimentos internos bem definidos.
No interior, foram identificadas várias “salas” funerárias, contendo ossadas humanas e inúmeros objetos funerários — como peças de sílex, lâminas, armas e recipientes de materiais exóticos.
Entre os artefatos, chamam atenção as matérias-primas não locais:
- Marfim e âmbar, possivelmente importados;
- Conchas marítimas, em local interior — evidenciando rotas comerciais marítimas;
- Uma alabarda excepcional de sílex, além de lâminas de grande formato;
- Objetos de sílex sofisticados com acabamento refinado;
- Conteúdos funerários coletivos, como ossuários distribuídos em diferentes câmaras.
Como os arqueólogos interpretam o significado desse monumento?
Para os especialistas, esse dolmen constitui um dos mais completos e bem preservados da Andaluzia, sendo um núcleo central para interpretar práticas funerárias da região no terceiro milênio a.C.
A presença de materiais exóticos e a estrutura complexa sugerem que havia hierarquias sociais estreitamente ligadas a redes de troca interregionais.
Além disso, a forma como o monumento foi coberto — com grandes lajes horizontais e depois um túmulo artificial de areia e pedras — mostra que sua construção era pensada para durar e para impressionar sua comunidade.

Quais pistas fantásticas esse túmulo oferece sobre o passado?
As conchas encontradas em local interior mostram que o mar era um elemento valorizado simbolicamente, além de evidenciar trocas de longo alcance.
O estado de conservação permite estudar detalhadamente o uso de instrumentos funerários e os ossos humanos, contribuindo para reconstruções de rituais mortuários.
Ademais, os objetos de sílex sofisticados sugerem altíssimo grau de especialização e técnica local, não necessariamente importada, o que indica um nível de complexidade tecnológica significativo na época.
- A localização geográfica conferiu prestígio ao túmulo como marco simbólico na paisagem;
- A disposição dos compartimentos funerários indica uso coletivo e repetido ao longo do tempo;
- A preservação oferece um banco de dados quase intacto para estudos multidisciplinares.
Que desafios surgem para continuar investigando esse sítio arqueológico?
Embora as descobertas sejam promissoras, a interpretação plena ainda exige escavações meticulosas, análises laboratoriais e, em muitos casos, técnicas de modelagem 3D para reconstruir contextos originais.
Há também o desafio da conservação: proteger o túmulo contra a ação de agentes naturais, infiltrações ou deterioração causada por exposição direta pós-escavação.
Em paralelo, os pesquisadores buscam situar esse monumento no panorama mais amplo das culturas megalíticas europeias, comparando com dolmens de outras regiões.
Se desejar, posso desenvolver um artigo comparativo entre esse túmulo e outros monumentos megalíticos europeus, destacando semelhanças e diferenças. Quer que eu siga por esse caminho?