Atriz desabafa sobre a pressão dos padrões de beleza

23/03/2017 11:34

Nesta quarta-feira (22), Carolinie Figueiredo foi ao Instagram para fazer um desabafo importante. A atriz, conhecida por seus trabalhos em novelas da Globo, falou sobre a pressão dos padrões de beleza – que incluem a imposição da magreza – e compartilhou a sua própria vivência com os seguidores.

No post, Carolinie diz que a vida inteira escutou frases do tipo “você é linda, seu rosto é lindo, só precisa dar uma secadinha”. “Permaneci minha vida inteira lutando com a balança”, contou. “Oscilo profundamente entre ‘uau, estou em uma fase boa, focada, disciplinada, regradinha, fechei a boca, estou com um carinha ou com a perspectiva do carinha, o que me faz ainda mais motivada’ e fases de largar tudo para o alto e afrouxar, desistir, comer compulsivamente para suprir sei lá o quê”.

Para ela, as imagens de perfeição, como as propagandas com fotos super manipuladas digitalmente, fazem as pessoas odiarem seu próprio corpo desde muito cedo. “Vem a mensagem de sermos erradas, imperfeitas”, considerou. “Eu destruí meu corpo várias vezes por não me amar e não me aceitar. Fiz as maiores rebeldias e revoluções com meu próprio corpo, hoje sei como proteção da objetificação, e porque de alguma maneira jogava para o meu corpo minhas próprias frustrações e rejeições em um ciclo vicioso”

Carolinie finalizou dizendo que ainda está aprendendo a amar sua aparência. “Nessa minha jornada de amor próprio e aceitação eu estou engatinhando, e ainda oscilo entre ‘vou fazer a louca esculpir meu corpo e arrasar’ e ‘foda-se, vou ser quem sou e me aceitar de vez'”.

O post recebeu mais de três mil curtidas. Nos comentários, muitos seguidores deixaram mensagens de apoio à atriz, e algumas mulheres disseram que compartilham de vivências semelhantes à dela. Veja a publicação abaixo:

Eu li que a maior forma de reprimir uma mulher é impondo a ditadura da magreza aos nossos corpos. Eu desde muito cedo escuto: você é linda, seu rosto é lindo, só precisa dar uma secadinha/fechadinha. Como sou atriz desde 5 anos eu comecei ouvir essas frases antes mesmo de estar gorda. Permaneci minha vida inteira lutando com a balança. As vezes nem por opção, mas revendo meu caminho até aqui: oscilo profundamente entre “uau estou numa fase boa, focada, disciplinada, regradinha, fechei a boca, estou com um carinha ou com a perspectiva do carinha, o que me faz ainda mais motivada” e fases de largar tudo pro alto e afrouxar, desistir, comer compulsivamente pra suprir sei lá o que. O que acontece é que quando somos metralhadas desde cedo com imagens de perfeição, a gente odeia o próprio corpo, porque junto com ele vem a mensagem de sermos erradas, imperfeitas e não amarmos o próprio corpo. O padrão esmaga. Eu destruí meu corpo várias vezes por não me amar e não me aceitar. Fiz as maiores rebeldias e revoluções com meu próprio corpo, hoje sei como proteção da objetificação, e porque de alguma maneira jogava pro meu corpo minha próprias frustrações e rejeições num ciclo vicioso. Adoraria terminar o texto dizendo: agora me amo como sou, assumi minhas marcas porque elas construíram quem eu sou, se possível postando minha foto lacradora de biquíni. Mas acontece que nessa minha jornada de amor próprio e aceitação eu estou engatinhando e ainda oscilo entre “vou fazer a louca esculpir meu corpo e arrasar” e “foda-se, vou ser quem sou e me aceitar de vez”. Eu ainda estou no meio do caminho, do meu próprio caminho. #cantodamulherquecanta

Uma publicação compartilhada por Carolinie Figueiredo (@_carolinie) em