Ave brasileira produz café que custa uma fortuna através da própria fezes
Grãos fermentados naturalmente conquistam mercado internacional
No Espírito Santo, uma ave nativa chamada jacu transformou-se em peça central de um dos cafés mais raros e valorizados do planeta. Seu processo natural de digestão é o que dá origem a um grão diferenciado e de alto valor de mercado.
Esse café exótico atrai curiosidade de especialistas e consumidores, mas também desperta debates sobre sustentabilidade e tradição local.

O que torna o café do jacu tão especial?
A singularidade do café do jacu está ligada ao modo como os grãos passam pelo sistema digestivo da ave. Esse processo natural altera características químicas do café, resultando em um produto distinto.
- Fermentação natural: as enzimas do estômago da ave modificam a estrutura do grão.
- Seleção instintiva: o jacu escolhe apenas frutos maduros e de melhor qualidade.
- Aroma e sabor únicos: após a digestão, o café adquire notas suaves e menos amargas.
Como é feita a coleta e produção desse café?
Após o consumo das cerejas do café, os grãos inteiros permanecem nas fezes do jacu. Agricultores percorrem as áreas de plantio coletando esse material, que passa por rigoroso processo de lavagem e secagem.
O resultado é um café limpo, padronizado e pronto para ser torrado, preservando as características únicas adquiridas durante o processo natural da ave.

Por que o café do jacu tem preço tão elevado?
Esse tipo de café é produzido em pequena escala e depende do comportamento da ave. A raridade torna o produto altamente exclusivo e valorizado internacionalmente.
Entre os principais fatores que explicam o preço elevado estão:
- Produção limitada: depende do consumo natural do jacu, sem intervenção humana direta.
- Processo artesanal: envolve coleta manual, limpeza e triagem cuidadosa.
- Mercado de luxo: é vendido principalmente para consumidores dispostos a pagar por exclusividade.
O consumo do café do jacu é seguro e sustentável?
Sim, pois os grãos coletados passam por processos rigorosos de higienização antes da torra. Além disso, não há risco de contaminação, já que a estrutura do grão permanece intacta.
Quanto à sustentabilidade, o café do jacu promove um equilíbrio com o meio ambiente: a ave não é criada em cativeiro, mas sim valorizada em seu habitat natural, tornando-se parte essencial da cadeia produtiva.
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