Bailarina do Faustão demitida grávida terá que ser recontratada pela Band
Além da volta ao programa, Gabriela Baltazar está pedindo uma indenização de R$ 221 mil por horas extras não recebidas
A Band vai ter que recontratar Gabriela Baltazar, bailarina do Faustão, depois de demiti-la ainda grávida. O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo ordenou na última quarta-feira, 17, que a Band reintegre-a ao elenco do “Faustão na Band”. Gabriela entrou na Justiça com pedido de tutela de urgência e comprovou que estava grávida quando foi demitida em maio deste ano.
Em documento que a coluna de Lucas Pasin, do Splash (UOL), teve acesso, Gabriela Baltazar comprova que foi demitida, sem justa causa, em um período de estabilidade gestacional. A bailarina fez uma ultrassonografia no dia 24 de junho, e o exame mostrou que a gestação já alcançava seis semanas, ou seja, quando ela foi dispensada pela Band, em 24 de maio, ela já estava grávida.
Na liminar concedida, a Justiça determina que Gabriela seja reintegrada nas mesmas condições de função, local, horários, e salário, além de receber os salários desde o dia que foi demitida, sob pena de multa diária de R$ 100,00.
Gabriela Baltazar, por meio de sua equipe jurídica, disse em nota: “Para o escritório de advocacia Bertão Monayari, a decisão da Magistrada Federal do Trabalho sobre a imediata reintegração visa a preservação da vida com a garantia do sustento da obreira e seu filho. Acertada decisão abarcou o direito do nascituro e direito da gestante, que estão intimamente interligados, pois apesar de serem dois corpos o cuidado com um corpo reflete no outro. A ação prossegue em relação aos demais direitos trabalhistas que foram suprimidos da Reclamante.”
A indenização
Além da reintegração ao trabalho, Gabriela Baltazar também pede uma indenização no valor de R$ 221 mil. A bailarina, que começou na Band no dia 1 de novembro de 2021, pede horas extras não recebidas, reembolsos de exames médicos feitos por conta da gravidez, adicional noturno não recebido, participação nos lucros e um valor por danos morais.
Gabriela também afirma que foi ludibriada ao ser convidada para trabalhar na Band após ter sido bailarina do “Domingão do Faustão” na Globo, por cinco anos. Ela relata que recebeu a proposta de ganhar R$ 3 mil mensais com acréscimos de merchandising, mas que este valor extra nunca foi pago.
Na ação, a bailarina também diz que não foi informada que teria que trabalhar mais de 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira, muitas vezes sem horário de almoço. Ela também seguia ordens para complementar a “meta do dia” com ensaios por meio de vídeos que eram enviados no meio da madrugada.