‘Bright’, novo filme de Will Smith, une diversão a questão social
Como seria a nossa sociedade se todas aquelas criaturas de histórias de fantasia convivessem com humanos nos dias de hoje? Essa é a proposta inusitada de “Bright“, novo filme da Netflix. “Uma mistura de ‘Dia de Treinamento’ com ‘O Senhor dos Anéis'”, brinca Will Smith, astro da produção, durante a coletiva de imprensa sobre a produção.
Ele, seu coastro Joel Edgerton e o diretor David Ayer vieram à capital paulista para participar da Comic Con Experience no último domingo (10), onde apresentaram mais detalhes sobre o longa meio policial, meio fantasia, meio ação. O evento também contou com a pré-estreia do filme que só estará disponível na Netflix a partir do dia 22 de dezembro.
O enredo acompanha a dupla de policiais Daryl Ward (Will Smith) e Nick Jakoby (Joel Edgerton) em Los Angeles durante um presente alternativo. Os dois têm de aprender a trabalhar juntos para encontrar uma arma poderosa que pode colocar todo mundo em risco caso caia nas mãos erradas. A proposta é divertida, mas também aborda uma questão séria: o racismo.
No mundo de “Bright”, orcs são as maiores vítimas de preconceito. “Violência é definitivamente um tema do filme”, aponta Ayer, “muros são uma forma de violência. Eles separam as pessoas fisicamente; as separam dos seus sonhos”. Para Will Smith, que cresceu testemunhando a violência policial, seu papel se tornou ainda mais curioso. “Como um homem negro, foi interessante interpretar um policial que é racista em relação a orcs”, diz. Já Edgerton reconhece: “[Ao fazer Jakoby,] pude sentir o que eu nunca sentiria na minha vida”.
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Apesar dessa discussão, Ayer garante que “Bright” não tem um tom pesado. “Quero que as pessoas se divirtam”, explica, “esse é o nosso trabalho. Se não conseguirmos fazer isso, nós meio que falhamos”. O cineasta também reconhece que a mistura de história de policiais com criaturas fantásticas pode soar arriscada, mas considera: “esse é o mistério de fazer filmes. Você não sabe o que vai funcionar”.
Will Smith, famoso por produções como “Um Maluco no Pedaço”, “Independence Day” e “Homens de Preto”, acredita que é essencial o “Bright” ser divertido. “Na minha carreira, sempre estou tentando equilibrar entretenimento com um pouco de instrução, com sabedoria de vida”, reflete. E completa, brincando: “espero que a Netflix faça uma continuação [do longa]. Precisamos que os fãs façam uma pressão para isso”.
Confira abaixo o trailer de “Bright”: