Cacau Protásio chora no Fantástico ao relembrar racismo em gravação
Atriz fez desabafo no momento em que o mundo todo se revolta com o assassinato de George Floyd
Cacau Protásio não conteve a emoção e chorou ao ser entrevistada pelo Fantástico, no último domingo, 31. A atriz relembrou do dia em que foi vítima de racismo, após a gravação de um filme no Batalhão do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (RJ), em novembro de 2019.
Sete meses depois do crime cometido por um integrante da corporação, a humorista lamentou bastante emocionada: “A gente aprende a viver [com a dor], vai passar. Mas dói um pouquinho, sim”.
Agora, Cacau aguarda a finalização do processo criminal na Justiça. “Esse áudio vazou e o mundo inteiro ouviu. E é muito ruim. Só quem passa, só quem sofre, sabe o tamanho da dor. Da mesma forma que ela [a pessoa] me xingou tanto, ela tem que voltar pra me pedir perdão. Não só pra mim, como também pra toda população negra”, completou.
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Na época, Protásio foi ao Batalhão do Corpo de Bombeiros para gravar cenas do filme ‘Juntos e Enrolados’, no qual interpreta a Sargento Diana. Em um momento do roteiro, sua personagem tem uma conversa com seu superior, que é apaixonado por ela. No meio da reunião, ele tem uma alucinação e a vê dançando no meio do pátio.
Essa sequência foi filmada por um dos bombeiros do batalhão, que divulgou as imagens nas redes sociais e fez ofensas à atriz.
Racismo: saiba como denunciar
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No Brasil, há uma diferença quando o racismo é direcionado a uma pessoa e quando é contra um grupo. Saiba mais como denunciar e o que fazer em caso de racismo e preconceito neste link.