Candidato a deputado faz comentário homofóbico sobre Jesuita Barbosa
Pedro Manso fez parte do "Programa do Ratinho" e foi jurado no "Sabadão"
Pedro Manso (PL), candidato a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, deixou um comentário homofóbico na foto em que o ator Jesuita Barbosa beija o fotógrafo Cicero Ibeiro.
“O final dos tempos está chegando, antigamente a gente correria atrás da mulherada e era difícil. Hoje em dia os caras têm a mulher que eles querem, mas preferem eles serem as mulheres. Papel inverso”, escreveu.
- Piquet é condenado por comentários racistas e homofóbicos
- Carnaval: importunação sexual é crime; saiba como denunciar
- Radialista faz comentários homofóbicos em programa e vídeo revolta
- Gil do Vigor relata ter sido vítima de ameaça homofóbica nos EUA
“Eu não troco uma mulher por nada. Se Deus fez coisa melhor que a mulher tá com ele guardado!”, concluiu.
Pedro Manso fez parte do “Programa do Ratinho” e foi jurado no “Sabadão”, com Celso Portiolli, ambos no SBT.
Antes do comentário homofóbico, ele ficou conhecido por imitar Silvio Santos, Datena, Valdemiro Santiago, Cid Moreira e Fausto Silva.
Homofobia é crime!
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).