Casagrande: Por que criminosos como goleiro Bruno e Robinho apoiam Bolsonaro
O comentarista questiona “por que esportistas envolvidos em atos criminosos, infrações, injúrias preconceituosas, declaram voto no perverso Bolsonaro
Casagrande usou sua coluna no portal UOL para questionar a relação entre esportistas famosos, alguns criminosos e o apoio que eles dão a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O comentarista inicia questionando “por que esportistas envolvidos em atos criminosos, infrações, injúrias preconceituosas, declaram voto no perverso Bolsonaro?”.
Em seguida, ele relembra que Bolsonaro é o político que faz de tudo, ainda cometendo ‘abuso de poder’ para “defender um familiar ou um apoiador”.
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“Deu anistia a Daniel Silveira, condenado por ataques e ameaças aos ministros do STF. Colocou 100 anos de sigilo para as investigações contra ele e os filhos no caso das rachadinhas. Também colocou em sigilo os gastos do cartão corporativo usado por ele. Usa e abusa da sua posição de presidente para ajudar pessoas condenadas ou investigadas por algum crime”, diz Casagrande.
O comentarista diz que pessoas do esporte “com o nome sujo na praça”, também querem “se aproveitar dessa impunidade”.
“O criminoso Bruno, perigosíssimo, disfarçado de goleiro, foi o mentor de um crime sem precedência no futebol. Mandou matar e sumir com o corpo da mãe de seu filho, Eliza Samudio. A garota que tinha 25 anos foi morta, esquartejada, e os seus restos mortais jogados para cães. Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por sequestro e assassinato”, relembra Casagrande.
“O segundo da lista é o estuprador Robinho, condenado a 9 anos de prisão por participação em um estupro coletivo na cidade de Milão (Itália). Passeando pelas praias do litoral sul de São Paulo, soube que o seu pedido de extradição chegou à Justiça brasileira. Como o Brasil não pode extraditar seus cidadãos, o Ministério Público de Milão pede que a pena seja cumprida por aqui” também relembra Casagrande.
Robinho também é um eleitor de Bolsonaro, ele declarou votar no atual presidente poucos dias antes do pedido de extradição. “Talvez tente uma troca de favores, apesar de a decisão sobre o cumprimento da pena não depender do presidente. Mas como Bolsonaro tem o histórico de não respeitar as leis, Robinho tem alguma chance de continuar curtindo a vida e não pagar sua pena”, aponta o comentarista.
Apesar de não ter sido condenado, Casagrande diz que Neymar não poderia ficar de fora dessa lista porque “já pediu que o presidente perdoasse sua dívida de impostos. E agora, no dia 17 de outubro, tem início o julgamento final sobre a transferência para o Barcelona”. O julgamento pode durar até 10 dias. O comentarista lembra que “são 37 acusações, por exemplo, a de corrupção entre particulares. A justiça espanhola está pedindo dois anos de prisão e uma indenização de aproximadamente 150 milhões de euros (R$ 760,7 milhões)”.
“Neymar continua sendo infantil, mimado, porque a primeira coisa que fez foi pedir dispensa do julgamento — que foi negada por se tratar de uma investigação criminal. E o que ele tem em comum com Bruno e Robinho? Declarou voto (mesmo sem votar), com uma dancinha de deboche, ao mesmo Jair Bolsonaro”, destacou Casagrande.
Na coluna, Casagrande também apontou Maurício Souza e Tandara, do Vôlei, como apoiadores de Bolsonaro com comportamentos questionáveis. O atleta por fazer declarações homofóbicas e a esportista pega no doping durante a Olimpíada de Tóquio/2020 sendo suspensa por quatro anos devido a isso.
“Infelizmente, Maurício Souza se elegeu pelo PL de Minas Gerais, mas Tandara, felizmente, não se elegeu pelo MDB de São Paulo”, relembrou o comentarista.
“Existem outros esportistas de outras modalidades que também apoiam o sociopata Bolsonaro, mas até o momento nenhum problema com a Justiça apareceu. Torço para que não apareçam, até porque nem todo bolsonarista deve alguma coisa para a Justiça e precisa fazer troca de favores com o sr. Perversidade”, finalizou Casagrande.