Chamado de traficante por bolsonaristas, ator participou de séries da Globo

Diego também é modelo, atleta de crossfit, jogador de futebol americano e faixa roxa de jiu-jitsu

O ator Diego Raymond, de 37 anos, está sendo atacado por bolsonaristas após tirar uma foto com Luiz Inácio Lula da Silva na visita do candidato ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ).

Chamado de traficante por bolsonaristas, ator participou de séries da Globo
Créditos: Reprodução/Instagram
Chamado de traficante por bolsonaristas, ator participou de séries da Globo

Bolsonaristas compartilharam o registro nas redes sociais alegando que Diego “é um dos maiores bandidos do Rio de Janeiro”, é um “matador de policiais” e afirmando que o rapaz “portava um fuzil há poucos meses”.

Diego é um ex-traficante do Complexo do Alemão, que se entregou à polícia em novembro de 2010, aproximadamente 12 anos. Ele tinha 25 anos e foi convencido pela mãe a se render na véspera da ocupação da comunidade. Na época, era conhecido como “Mister M” e foi detido por associação ao tráfico de drogas. Após nove meses de reclusão, foi solto, absolvido das acusações e ingressou na carreira artística.

Desde então, Diego já atuou em duas séries originais do serviço de streaming Globoplay: na terceira temporada de “A Divisão”, prevista para estrear em 2023, e em “O jogo que mudou a história”, sem previsão de lançamento.

Além de ator, Diego também é modelo, atleta de crossfit, jogador de futebol americano e faixa roxa de jiu-jitsu.

Diante dos ataques, o artista falou sobre nas redes sociais e justificou seu apoio a Lula.

“O ‘cidadão’ na foto é Diego, ator de série de sucesso (estreia da nova temporada de ‘A Divisão’ prevista para meados de 2023), modelo, atleta de futebol americano e de crossfit, absolvido de todas as acusações e que teve uma origem difícil, como a maior parte dos brasileiros, mas segue a luta diária do preto e pobre. Meu voto é Lula contra essa gente desprezível, contra quem criminaliza a pobreza, pra que a gente possa andar de cabeça erguida na rua sabendo que o pobre e o preto são tratados como iguais e que as histórias das crianças das favelas do RJ vão ser diferentes”, escreveu.