Cineastas brasileiros tiram filmes do Oscar em protesto

O diretor de “Boi Neon”, Gabriel Mascaro, tirou o seu filme da disputa ao Oscar 2017 em protesto contra a comissão responsável por escolher o filme que representaria o país. O longa foi indicado anteriormente para representar o Brasil na categoria de melhor filme estrangeiro.

“Não me sinto confortável em participar de um processo seletivo de interesse público que tem demonstrado imparcialidade questionável,” disse o diretor à Folha de S.Paulo.

O ator Juliano Cazarré em cena do filme “Boi Neon”, filme sobre um vaqueiro do nordeste que sonha em ser estilista.

A retirada do filme de Mascaro se deu pelo ingresso à comissão do crítico paulistano Marcos Petrucelli, que havia criticado um protesto contra o Impeachmeant da presidente Dilma Roussef feito em Cannes pelo elenco de “Aquarius”, filme de Kleber Mendonça Filho.

Com Sonia Braga no elenco, “Aquarius” era um dos favoritos a representar o país no Oscar, e recebeu a classificação indicativa de 18 anos por “sexo explícito e drogas”. Isso foi contestado pela distribuidora, que apontou que filmes com cenas mais fortes receberam a indicação de 16 anos.

A diretora Anna Muylaert, de “Que Horas Ela Volta?”, também disse ao veículo que não irá incluir seu longa “Mãe Só Há Uma” na disputa. “Achamos que este é o ano de ‘Aquarius’. É o filme certo,” disse a diretora ao veículo.