Com bebê a tiracolo, artista caminha nua em museu alemão e vira parte da exposição

A artista suíça Milo Moire parece mesmo ter um talento especial para inspirar manchetes: se em outra ocasião causou polêmica ao literalmente “dar a luz” a uma pintura, em um espetáculo apresentado na entrada do Art Cologne, agora a aluna de Marina Abramovic decidiu passear nua, com um bebê a tiracolo também nu, em um museu alemão.

O motivo: o Museu LWL de Arte e Cultura está hospedando uma exposição intitulada “A vida nua”, e Moire queria fazer parte dela, em seu melhor estilo, o nu.

Essa não é a primeira vez que Milo caminha nua por um museu. Há um ano atrás a artista tentou visitar casualmente o Art Basel vestindo nada além de escritas pretas estampadas em sua pele.

Pode parecer estranho, mas ainda hoje, mesmo depois de termos artistas como Yoko, Carolee, Genesis P-Orridge, performances que envolvam nudez feminina ainda chocam o grande público. Sim, as pessoas ainda se sentem incomodadas com a nudez de outrem.

Há quem acuse, ainda, a artista de querer aparecer e usar seu corpo para isso. Moire, no entanto, tem um raciocício bastante consistente ao defender sua arte. “Sem uma concha, o corpo desenvolve a sua capacidade máxima de comunicar, sua natureza primitiva”, ela diz em seu site.

“O corpo é universal e livre de distrações não ligadas a dominar ideais, modas ou mesmo o próprio tempo. A visão de nudez provoca um encontro consigo mesmo e afeta alguém dentro de si mesmo, ou repele, e o pensamento se transforma em resistência indignada. Vejo o corpo humano nu como algo neutro – como uma tela. Trata-se da possibilidade de se aproximar de si mesmo. A oportunidade de fazer-se vulnerável e sentir sua própria força”, finaliza.

Veja outras performances da artista: