Como a empatia pode salvar o seu relacionamento
A psicóloga e terapeuta de casais, Joana Cardoso, fala porquê empatia é a maior aliada para um relacionamento saudável.
A maior parte das brigas em uma relação são causadas por um mal entendido. Essa dificuldade de entender o outro se dá, na maior parte das vezes, não por deficiência auditiva ou cognitiva, mas por falta de empatia.
Por empatia digo sobre a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender de que lugar ele fala e o que, de fato, ele pensa. A nossa tendência é escutar para rebater, nos defender, sem deixar com que aquelas palavras entrem como facilitadores para uma melhor compreensão.
Quando nos preocupamos menos em convencer e mais em escutar o outro, podemos conhecer quem está ali. Ao ouvir, conseguimos contextualizar a situação e enxergá-la por um ângulo diferente que, com certeza, te dará uma visão mais completa e profunda sobre o caso.
Às vezes, avaliamos que fazemos o melhor para o outro sem nos darmos conta de que não necessariamente isso é o que ele quer ou considera bom. Podemos achar que mandar flores no trabalho é a maior demonstração de carinho possível, mas talvez para ele essa pode ser uma situação constrangedora e o maior desejo seja apenas um cartão.
Se nos abrirmos para conhecer o outro profundamente conseguimos entender suas referências e resignificar o que está sendo dito. Fica mais fácil entender a exigência de um pai quando percebemos o quanto ele teve que batalhar para se desenvolver profissionalmente sendo filho de analfabetos em uma cidade de interior. Podemos compreender a pouca demonstração de carinho de um namorado quando percebemos que ele aprendeu em casa que mostrar emoção era fraqueza. Um pai pouco presente na vida familiar pode ser entendido quando se sabe que na sua educação a maior forma de demonstrar afeto é sendo o provedor e estando o maior tempo possível no trabalho.
Nada disso deve ser dito de forma a justificar qualquer comportamento. Essa é uma forma de explicar o que está acontecendo hoje através do que aconteceu no passado. A nossa tendência é julgar nos baseando nas nossas vivências, histórias e crenças que nos tornaram quem somos nesse momento.
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