Comunicador cria evento para divulgar a importância das aves

Guto Carvalho praticando a observação de aves.[/img]

“As aves são fascinantes e plenas de significados e aprendizados para todos os humanos. Elas são um excelente canal para falarmos sobre conservação do meio ambiente, por despertarem admiração e respeito nas pessoas. É didático e estratégico falar sobre conservação das aves para proteger os seus ambientes. A observação desses animais promove diretamente a conservação, na medida em que a prática exige ambientes preservados para a sua realização. Sem unidades de conservação, não é possível praticar a observação”, diz.

O Avistar surgiu como canal de comunicação e divulgação da prática do birdwatching. Ao longo dos anos, o evento cresceu e começou a ser realizado em outros espaços além de São Paulo, como Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Vale Europeu (SC) e Patagônia (Argentina).

Segundo Guto, um dos resultados positivos do seu trabalho é a formação de público. “Cada novo observador que se forma fortalece a comunidade dos observadores e contribui com o conhecimento das aves e seu comportamento. Entendo que o ganho tem a ver com o aumento dos praticantes. Acredito que bons observadores serão bons agentes de conservação, lutando pela preservação dos habitats e condições das espécies”, afirma.

Guto falou um pouco sobre sua luta principal quando o assunto é preservação das aves. “Eu vejo duas linhas de trabalho prioritárias. A primeira é o combate ao tráfico. Diversas espécies foram extintas localmente devido a ações de caçadores e traficantes. A cultura da ave em gaiola é das mais cruéis e perniciosas ao meio ambiente. Nesse sentido, temos um embate cultural, onde a tradição das gaiolas deve ser substituída por aves livres, binóculos e fotografia. É um trabalho de médio prazo, onde a observação de aves livres vai conquistando mais adeptos, ao mesmo tempo que diminui substancialmente a valorização cultural das aves em cativeiro. A segunda linha de trabalho é a conservação de habitats. Manter os ambientes vitais para as espécies, evitar desmatamento e destruição, além de criar estratégias para lidar com o crescente risco de incêndio e outros problemas decorrentes da alteração climática.”

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Fonte: Blog do Instituto Brookfield