Confundir um nome não significa que você não gosta da pessoa
Sabe quando a sua mãe se confunde e chama você pelo nome da sua irmã ou do seu irmão? Não se preocupe: isso não tem nada a ver com favoritismo. E se ela confundir o seu nome com o do cãozinho da casa, também não significa que ela goste mais do bichinho do que de você. Na verdade, essa mistura – que de maneira alguma é exclusiva das mães – tem uma explicação científica bem mais simples.

Samantha Deffler, cientista cognitiva do Rollins College, Estados Unidos, realizou uma pesquisa com 1.700 mulheres e homens de diferentes idades para entender por que nós cometemos esse tipo de engano com tanta frequência. Ela percebeu que a maioria das pessoas costuma confundir os nomes de membros da sua família e amigos. E, aí, compartilhou a sua resposta no jornal Memory and Cognition.
“É um ‘bug’ normal”, ela disse ao NPR. Não tem nada a ver com memória ruim, envelhecimento ou preterimento em relação a alguém; a confusão é resultado da forma como o nosso cérebro categoriza nomes. É como se tivéssemos na nossa cabeça pastas especiais para guardar os nomes de amigos e familiares. Deffler percebeu que quando os voluntários do seu estudo chamavam alguém pelo nome errado, ambas as pessoas (a que foi confundida e a que realmente atende pelo nome dito) estavam na mesma “pasta”. Familiares (categoria que costuma incluir um pet), amigos, amores; e por aí vai.
Então na próxima vez que você chamar alguém pelo nome errado, pode dar essa explicação científica para a pessoa não se sentir mal!