Conheça a história do Leslie-Lohman, museu dedicado a arte gay

06/10/2014 18:41 / Atualizado em 06/05/2020 17:16

Você sabia que em Nova York (Estados Unidos) existe um museu dedicado exclusivamente a arte e história LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros)?

Batizado de “Leslie Lohman Museum of Gay and Lesbian Art“, o museu que surgiu sob a premissa de preservar a rica história e criativa arte da comunidade LGBTTT, hoje busca promover novos artistas, além de informar, inspirar, divertir e desafiar seus novos visitantes.

Apesar de ter surgido oficialmente em 1987, na forma de uma organização sem fins lucrativos, as origens do museu remontam a 1969, quando os co-fundadores do museu criaram a primeira exposição de arte gay em um loft no Prince Street, em Nova York.

Reunindo um público de mais de 200 pessoas somente em seu primeiro fim de semana, o sucesso da exposição fez os amigos entenderem a necessidade de se criar um espaço totalmente dedicado a este tipo de arte, dando origem ao Leslie-Lohman.

É importante ressaltar, no entanto, que o fator histórico também foi um dos motivos que impulsionaram a dupla a criar o museu: durante a década de 80, com os primeiros óbitos por AIDS e, com isso, a morte de tantos artistas e colecionadores, várias obras de arte do seguimento passaram a ser destruídas por famílias que não queriam reconhecer a sexualidade de seus entes queridos, e passaram a jogar no lixo impressionantes coleções.

Claro, que há 25 anos, o caminho para a criação de uma organização sem fins lucrativos dedicada ao arquivo da história gay era uma tarefa difícil – e muito ousada. Assim, a Leslie-Lohman levou cerca de três anos para obter a sua isenção fiscal. O motivo: o IRS (Internal Revenue Service), órgão do governo americano responsável pela cobrança de impostos e cumprimento da lei fiscal, não esta feliz com a palavra “gay” no título, e foi somente em 1990 que os advogados da organização tiveram vitória em sua batalha.

Funcionando como o porto seguro de um trabalho que teria como destino final o lixo, até 2011 (ano em que a organização finalmente se tornou o primeiro e único museu de arte gay no mundo), o espaço coletou mais de 24 mil obras.

Este ano, o museu espera mais de 30 mil visitantes.



Com informações Huffingtonpost