Conselho de enfermagem arquiva investigação do caso Klara Castanho

Em junho de 2022, atriz denunciou que profissional da saúde vazou informação de que ela entregou filho para adoção após ter sido estuprada

Klara disse ter sido ameaçada por enfermeira na sala de cirurgia do hospital
Créditos: Reprodução/Instagram @klarafgcastanho
Klara disse ter sido ameaçada por enfermeira na sala de cirurgia do hospital

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o processo de investigação do caso Klara Castanho e negou que algum profissional do hospital tenha vazado informações. Em nota, o Conselho disse que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”.

Em junho de 2022, Klara teve, como ela mesma descreveu, um episódio traumático de sua vida exposto. Em carta aberta publicada nas redes sociais, a artista contou que foi vítima de um estupro, engravidou e optou pela entrega voluntária para adoção.

A atriz não tinha a intenção de falar sobre tudo que aconteceu, mas depois que sites e páginas de fofocas trouxeram a história a público cheia de especulações, ela não teve outra opção.

Ainda na publicação, Klara relatou que foi abordada por uma enfermeira na sala de cirurgia: “No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era supostamente para me acolher e proteger”, escreveu.

Em nota, o Coren-SP disse que, a partir da denuncia da atriz, foi realizada uma sindicância sobre o suposto vazamento de informações sigilosas no Hospital Brasil.

“O conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo”, afirmou.

Ainda no texto, o Conselho disse que não recebeu denúncia por parte de Klara sobre o tema. E, em outra nota na íntegra divulgada no site, continuou: “O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento.”

O caso está sendo investigado sob sigilo pela Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) e foi encaminhado nesta quinta-feira, 5, ao poder Judiciário para prosseguimento.