Copa do Mundo: Argentinos cantam música racista e transfóbica a Mbappé

O jogador francês é filho de pais nigeriano e camaronês; Este ano saíram rumores que ele estaria namorando a modelo trans Ines Rau

18/11/2022 11:51

Uma música de “grito de guerra” racista e transfóbica foi cantada por torcedores argentinos na Copa do Mundo 2022, no Catar, e gerou revolta nas redes sociais. A canção traz ofensas aos jogadores da França, mas ataca especialmente Mbappé, grande estrela do Paris Saint-Germain.

Copa do Mundo: Argentinos cantam música racista e transfóbica a Mbappé
Copa do Mundo: Argentinos cantam música racista e transfóbica a Mbappé - Reprodução/Instagram

Filho de pais nigeriano e camaronês, o jogador da atual campeã do mundo foi alvo de uma ofensa transfóbica por devido a uma situação envolvendo sua vida pessoal.

Nos últimos meses, o jornal “Corriere dello Sport” noticiou que Mbappé estaria namorando a modelo Ines Rau. Ela é a primeira mulher trans a ser fotografada para a revista “Playboy” no país. Foi esse episódio que deu origem à ofensa.

“Escutem, corre a bola, eles jogam na França mas são todos de Angola. Que lindo que vão correr, comem travestis como o puto do Mbappé. Sua velha (mãe) é nigeriana, seu velho (pai) é camaronês, mas no documento é naturalizado francês”, diz a música.

Mbappé e Ines Rau foram avistados juntos mais de uma vez, e assim nasceu o boato de que estariam em um romance. O primeiro flagra ocorreu em maio deste ano, em Cannes. Na sequência, o suposto casal foi visto por paparazzi em um iate do jogador de futebol.

Nascida na França, e com pais argelinos, Ines Rau fez a cirurgia de transição de gênero aos 16 anos. Porém, ela só falou publicamente sobre o assunto aos 27 anos, em 2017, quando chegou a fazer o ensaio sensual.

A música racista e transfóbica foi cantada no tradicional canal argentino TyC Sports e rodou o mundo após um tweet de uma página francesa. “É uma vergonha absoluta, racismo desinibido, como é possível ver isso em 2022? Seriamente?”, escreveu a “Media Parisien”.

O repórter argentino, ao escutar a letra, tira o microfone do grupo de torcedores e repreende: “Não, não, censurada, censurada”.