Emma Watson explica comentário sobre Beyoncé que gerou polêmica

Nos últimos dias, Emma Watson recebeu várias críticas nas redes sociais. O motivo foi um ensaio fotográfico para a revista Vanity Fair, no qual ela mostra parte dos seus seios. A fotografia foi o bastante para algumas pessoas argumentarem que a atriz não poderia continuar se chamando de feminista após fazer uma foto mais sensual, ao que ela respondeu: “Feminismo é sobre dar escolha às mulheres. Feminismo não é um taco com o qual você bate em outras mulheres. É sobre liberdade, liberação e igualdade” (veja mais sobre a resposta dela aqui).

Uma publicação compartilhada por Vanity Fair (@vanityfair) em

Mas essa não foi a única discussão que a sessão de fotos provocou. Algumas pessoas fizeram uma ligação entre o episódio e um comentário que Emma fez sobre a cantora americana em uma entrevista à Wonderland Magazine em 2014. Segundo o trecho divulgado no site, ela disse: “Enquanto assistia [aos clipes do álbum ‘Beyoncé’, de 2013], me senti em conflito, no sentido que por um lado, [a Beyoncé] está se colocando na categoria de feminista, mas então a câmera parecia muito masculina; uma experiência voyeurística dela”.

Nas redes, muitos fãs – tanto de Beyoncé quanto de Emma Watson – estão debatendo sobre essa fala da atriz britânica. Algumas pessoas estão a chamando de hipócrita:

Tradução: “Foda-se a Emma Watson por criticar a Beyoncé e descreditar seu feminismo por ser sensual; e, então, virar-se e fazer um ensaio de topless”
Tradução: “Emma Watson é uma hipócrita. Agora que ela está sendo atacada pelo mesmo motivo que ela atacou a Beyoncé há cinco anos, isso se tornou um problema. Tchau, garota”
Tradução: “A Emma Watson já pediu desculpas à Beyoncé por questionar o feminismo dela?”

Após tantas críticas, Emma Watson foi ao Twitter para se explicar. Ela compartilhou a fala completa que deu à Wonderland Magazine:

Abaixo, veja a tradução das duas partes destacadas em amarelo do tweet:

[Então uma última pergunta; ela é das grandes] e estou completamente nervosa em fazê-la porque eu realmente ainda não formulei minhas próprias ideias sobre isso, mas o novo álbum da Beyoncé. Não sei se você já falou com alguém sobre ele, mas minha amiga e eu sentamos e assistimos a todos os vídeos do começo ao fim e me senti bem em conflito. Eu admiro tanto a confiança [de Beyoncé] em fazer a sua música dessa maneira, em meio a tantas performances bem sensacionalistas da MTV, fiquei tão animada com isso. De um lado, ela está se colocando na categoria de feminista, é uma mulher muito forte – e ela tem aquela fala linda da Chimamanda Ngozi Adichie em uma de suas canções -, mas então a câmera parece muito masculina, uma experiência masculina e voyeurística [de Beyoncé] e eu pensei… Você teria alguma opinião sobre isso?

[Beyoncé] deixa claro que está se apresentando para ele. E o fato de que ela não está fazendo isso por uma gravadora, que ela está fazendo isso por ela mesma e o controle que ela está dirigindo e colocando para fora, concordo que a sensualidade dela é empoderadora, pois é a escolha dela. A segunda [coisa que eu diria] é que você realmente tem a ideia ‘posso ser uma feminista, posso ser uma intelectual, posso ser todas essas coisas, mas também posso estar bem com minha feminilidade e com ser bonita e com tudo aquilo que pensei que poderia negar a minha mensagem ou negar o que sou’. Isso é a parte mais interessante do álbum [‘Beyoncé’, 2013]. Ele é tão inclusivo e coloca feminismo e feminilidade e empoderamento feminino em um largo espectro