Equipe de reportagem fica encurralada durante tiroteio no Rio

Os repórteres André Coelho e William Corrêa precisaram ficar escondidos em uma garagem e usaram pilastras como proteção dos tiros

27/08/2020 16:11

Uma equipe de reportagem da GloboNews, canal de notícias do Grupo Globo, passou momentos de tensão durante a transmissão de um tiroteio em Rio Comprido, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 27.

O repórter André Coelho repórter cinematográfico William Corrêa ficaram encurralado no meio do tiroteio. Ele relata que os policiais pediram para que ambos saíssem do local, mas o risco de serem atingidos não deu chance de os jornalistas deixarem o local.

Os repórteres André Coelho e William Corrêa precisaram ficar escondidos em uma garagem e usaram pilastras como proteção no tiroteio
Os repórteres André Coelho e William Corrêa precisaram ficar escondidos em uma garagem e usaram pilastras como proteção no tiroteio - Reprodução/GloboNews

André e William tiveram que se esconder por um longo período num prédio.

“A gente percebeu uma movimentação estranha dos policiais, e fomos orientados a sair de perto de onde eles estavam, porque havia a possibilidade de bandidos do morro de São Carlos tentarem sair pelo Rio Comprido, onde estamos. E não houve condição nem da gente sair. Procuramos um lugar seguro e, logo que entramos em um prédio, começaram os tiros”, relatou ele.

O repórter contou que estava falando da garagem de um prédio e usava as pilastras do local para tentar se manter em segurança.

“Nós falamos ao vivo e estamos escondidos em um prédio no bairro do Rio Comprido, onde começou uma nova troca de tiros. Essa região enfrenta um clima de instabilidade muito grande desde ontem”, disse o repórter.

Morte

Uma mulher de 25 anos morreu após ser atingida por dois tiros de fuzil.  Ana Cristina da Silva ia com o filho de três anos para o bar no qual trabalhava por volta das 19h de ontem quando ficou no meio do tiroteio entre traficantes que brigavam pelo comando no Complexo de São Carlos.

“Ela se curvou por cima do meu sobrinho pequeno para ele não tomar os tiros e ela tomou dois tiros”, disse a cunhada de Ana Cristina, Vânia Brito, ao G1.

Ana Cristina da Silva foi atingida por dois tiros de fuzil
Ana Cristina da Silva foi atingida por dois tiros de fuzil - Reprodução/TV Globo

Segundo ela, Ana foi atingida por um tiro de fuzil no rosto e outro no peito. Ela foi socorrida, mas morreu no hospital. O filho dela não sofreu ferimentos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o tiroteio impediu que Ana Cristina fosse socorrida, já que a rua Azevedo Lima é uma das vias que dá acesso ao Morro São Carlos, no Estácio.