Estudantes de arte recriam famosas obras de nu artístico

Por: Redação

Parte do corpo docente da “School of Visual Arts in New York City”, o fotógrafo Matthew Leifheit deu uma interessante tarefa a seus alunos: eles deveriam escolher qualquer obra icônica de nu artístico e recriá-las, inserindo novos elementos e dando nova vida a cada uma delas. As informações são do Huffington Post.

Como resultado temos impressionantes releituras de obras clássicas de extrema importância na História da Arte mundial, como “A Dança” de Henri Matisse,  a “Vênus no Espelho” de Diego Velázquez,  e o “Nu, Descendo uma Escada” de Marcel Duchamp.

“AFTER HENRI MATISSE” (APÓS HENRI MATISSE) – Foto de Noah Boskey, Erin Carr, Emma Castelbolognesi, Crystelle Colucci, Alberto Inamagua, and Allison Schaller.
“AFTER DIEGO VELÁZQUEZ” (APÓS DIEGO VELÁZQUEZ) – Foto de Ebb Bayarsaikhan, Hannah Hurley, and Hayley Stephon; painting by Jake Kaplan.
“AFTER MARCEL DUCHAMP” (APÓS MARCEL DUCHAMP) – Foto de Anthony Costa, Jessica Frankl, Mikaela Keen Lumongsod, Frankie Mule, Gabrielia Priyma, Balazs Sebok, and Valeriya Vaynerman.

Quando perguntado sobre o que o levou a propor este tema aos estudantes, Matthew, que também é editor de fotografia da VICE e editor-chefe da MATTE Magazine, brinca: “Nus estão em alta agora”, e complementa “Meus alunos estão no segundo ano da escola de arte, e eu gostaria que eles fossem capazes de olhar para uma imagem que gostam e conseguissem adivinhar como ela foi feita, aplicando esse conhecimento em seus próprios trabalhos”.

Na verdade, para Matthew fazer releituras de imagens famosas é algo bem comum: recentemente ele remontou uma foto de Rudolph Nureyev, clicada originalmente por Richard Avedon, substituindo o ícone dança pela estrela pornô Michael Lucas. “Eu acho que as pessoas deviam entender que ao menos dentro do universo da fotografia simplesmente não existe um verdadeiro plágio”, escreveu ele para a VICE.

“Quando eu estava na escola de arte me lembro que sempre ficava desanimado acreditando que qualquer imagem que valesse a pena já tinha sido feita. O objetivo deste trabalho era ensinar que, mesmo se você tentar arduamente refazer o trabalho de outra pessoa, suas fotografias sempre ficarão diferentes”.

Sobre a sua conexão com o mundo da pornografia, o fotógrafo explica: “Na minha opinião pessoal, a linha entre pornografia e arte é escorregadia e, ultimamente, sem importância”, explica. “Na verdade, tudo dependente do contexto – se você estiver no banheiro do seu escritório olhando a recriação de Matisse que meus alunos fizeram, essa foto, inspirada em uma obra histórica, pode te deixar excitado e se enquadrar como pornô. Agora, se você vê-la em uma galeria, só poderá olhá-la como arte”, finaliza.