Ex-BBB Gil desabafa: ‘Sofri ataques e não tinha para quem recorrer’

'Precisamos dar voz para todos os Gils', disse o ex-BBB no Papo de Segunda, no GNT

Em entrevista ao programa Papo de Segunda, do GNT, nesta segunda-feira, 17, o ex-BBB Gil desabafou sobre os ataques homofóbicos que sofreu e relembrou sua trajetória: “Sofri ataques e não tinha para quem recorrer”, afirmou.

Ex-BBB Gil desabafa: ‘Sofri ataques e não tinha para quem recorrer’
Créditos: Reprodução/GNT
Ex-BBB Gil desabafa: ‘Sofri ataques e não tinha para quem recorrer’

“Quis trazer voz para aquele povo mesmo que não tem, que grita, é chamado de mimimi, não tem, ninguém ouve, tem que ouvir calado porque não tem recurso. Não tem! Várias vezes na igreja, na universidade, em outros lugares, sofri ataques e não tinha para quem recorrer. Vou recorrer para quem? Tenho que chegar no trabalho 8h, sair 17h, ir para a faculdade 18h. Então assim, é aguentar calado e esperar, não tem muito como recorrer”, desabafou Gil.

O economista também disse que espera ter destacado a importância da causa LGBTQIA+ durante o confinamento no Big Brother Brasil 21 (BBB 21). “A gente grita, grita, mas parece que ninguém ouve. Isso era o que eu queria falar dentro do Big Brother. É o que eu falo agora e vou falar pra sempre. Precisamos dar voz pra todos os Gils que vivem no anonimato. Que sofrem, que apanham, que lutam, que gritam muito, gritam muito alto, mas não tem pessoas pra ouvir”, contou Gil no Papo de Segunda, com Fábio Porchat, Emicida, Francisco Bosco e João Vicente de Castro, .

“Eu quis trazer voz dentro do programa. Essa era meu objetivo. Esse foi meu prêmio. Trazer voz pra aquele que grita grita grita e não tem recurso. É importante a gente acabar com isso. E dá proteção, dá meio”, seguiu Gil.

Durante o bate-papo  o ex-BBB foi questionado sobre o caso de homofobia, no qual um conselheiro do Sport Club Recife, clube do coração do economista, atacou o contratado da emissora.

“Meu medo dentro do programa era justamente esse, como seria essa recepção. Quando deu esse ataque, me doeu, fiquei logo indignado mesmo, chocado. Só que pensei: ‘Gente, é só uma pessoa’. Tenho pena de atitudes assim. Que bom que fui abraçado pela torcida, pelos jogadores, por todo mundo. Que bom que somos muitos contra esses poucos, que não valem a minha atenção”, opinou ele.