Ex de Karina Bacchi lamenta ter assinado documento desistindo da paternidade

"Ali para mim foi um choque muito grande. Eu me senti extremamente triste", contou Amaury Nunes em carta aberta

17/08/2022 14:31

Amaury Nunes, de 39 anos, ex-marido de Karina Bacchi, escreveu uma carta aberta para lamentar o afastamento do filho, Enrico. O ex-jogador de futebol e empresário disse que não vê o garoto há quatro meses.

Ex de Karina Bacchi lamenta ter assinado documento desistindo da paternidade
Ex de Karina Bacchi lamenta ter assinado documento desistindo da paternidade - Reprodução/Instagram

Em uma postagem no Instagram, o ex-atleta desabafou contando o que fez ele se apaixonar pela ex-mulher. “Logo no início da nossa relação, uma das principais virtudes que eu vi na minha ex-mulher era de ser uma boa mãe, aliás uma mãe incrível, dedicada, presente, batalhadora, corajosa… Enfim, eu admirei bastante isso nela, e esse foi um dos principais motivos que me fizeram abraçar de coração aquela família, naquele momento tão especial, com um filhinho recém-nascido”, começou.

Na carta, Amaury explicou que tudo ocorreu de forma rápida. Ele se viu de um dia para o outro se tornando pai do Enrico, hoje com 5 anos, percebendo que o pequeno necessitava dele.

“Nós nos conhecemos pessoalmente em Miami, no dia 28 de agosto de 2017, 20 dias após o nascimento dele. Ali, rapidamente, senti que não só ela, mas principalmente ele, precisava de mim. Em pouco tempo, a gente decidiu que eu ia me mudar para São Paulo com eles, longe da minha família, longe do meu trabalho. Foi assim, em um final de semana eu estava solteiro na praia em Miami, jogando futevôlei com os meus amigos, já no outro eu estava esquentando mamadeira de madrugada, fazendo o papel de marido e pai de filho recém-nascido, e me sentindo extremamente feliz”, relatou.

Na sequência, o empresário desabafou sobre o convívio durante esses cinco anos ao lado da ex-mulher e do filho. Ele falou que o ex-casal sempre divida todos os cuidados e despesas de Enrico.

“Nestes quase cinco anos, a gente sempre dividiu praticamente tudo, principalmente em relação ao nosso filho, as contas, responsabilidades e compromissos. Quando eu tinha que viajar, ela ficava com ele. Quando ela precisava viajar, eu ficava com ele, e quando dava, íamos os três juntos. Na adaptação na escolinha já com 2 aninhos, eu ia um dia, ela ia outro. Um dia eu levava para o judô, outro ela levava para natação. Enquanto ela trabalhava, eu brincava com ele, enquanto eu trabalhava, ela brincava com ele. Qualquer consulta ao médico que ele tinha, nós íamos juntos. Todas as refeições do dia sempre nos esforçávamos para fazer os três juntos, foi sempre assim desde os 20 dias de vida dele”, falou.

Em 2019, o casal começou o processo de paternidade sócio afetiva. “Inclusive, ele poderia colocar o meu nome como pai na identidade dele, que atualmente não tem nome de pai. Porém, ao longo desse processo enfrentamos alguns obstáculos como a pandemia e uma crise em nosso relacionamento, em que chegamos a nos separar (entre março e abril de 2021)”, contou.

Ele foi ao Rio de Janeiro ficar com a sua família, porém, depois de algumas semanas, resolveu retornar a São Paulo. Com quase tudo pronto para os dois assinarem o divórcio, eles conversaram e decidiram tentar retomar a relação.

“Naquele momento, ela estava com dois documentos para que eu assinasse. Um era o divórcio, que nós não decidimos não assinar por hora, e o outro era a desistência do processo de paternidade do nosso filho. Ali para mim foi um choque muito grande. Eu me senti extremamente triste, mas em uma tentativa de manter a nossa família unidade, e esperando que as coisas fossem melhorar ou voltar ao normal, eu aceitei assinar aquele documento”, prosseguiu.

“Até porque nunca achei um simples papel poderia definir uma relação tão pura e bonita como a minha e do meu filho. Afinal como ela mesmo disse: ‘No coração sempre foi assim, pai e filho'”, acrescentou.

De acordo com ele, esse foi o único processo que existiu até então, sem a existência de outro caso na Justiça que proíba de ver o seu filho por nenhum motivo específico.

“Durante esse último ano, eu acredito que, tanto eu, quanto a minha ex-mulher, fizemos o nosso melhor para manter nossa família, para restaurar o amor, para entendermos tudo que estava acontecendo, todas as mudanças. Tudo dentro das nossas limitações como seres humanos falhos que somos”, avaliou.

Porém, Amaury disse que eles não conseguiram e esbarraram em seus limites. Por conta disso, decidiram se divorciar, sem grandes brigas e acusações, sem qualquer problema grave, mas cada um com o seu ponto de vista.

“Claro que ficamos tristes e chateados com as nossas diferenças, principalmente de pensamentos, hábitos, atitudes, comportamento…tudo praticamente estava divergindo e estava muito diferente de quando nos conhecemos. Até em qual igreja iríamos, nós não conseguíamos mais concordar.”

Após quatro meses, ele ressaltou que tenta entender o motivo da atitude dela de não deixá-lo mais ver a criança ou, ao menos, falar com ele.

“Gostaria de deixar claro que a minha intenção nunca foi e nunca seria tirá-lo dela, muito pelo contrário. Como disse aqui, sempre a admirei como mãe, mas a minha intenção é que nosso filho possa crescer com uma mãe maravilhosa que ela é, mas também com um pai que o ama muito, simplesmente porque ele merece”, argumentou.

Por fim, o empresário disse que segue de braços e coração abertos para retomar o convívio com o filho. “Filho, te amo. Sempre vou estar aqui para você, sei que está com muitas saudades, eu também estou. Espero um dia breve possamos estar juntos de novo”, disse.