Ex-namorado de apresentadora da Record é preso após agredi-la
"A dor física só não é pior do que a dor na alma", desabafou Silvye Alves
Na manhã desta segunda-feira, 21, Ricardo Hilgenstieler, ex-namorado da apresentadora do ‘Cidade Alerta’ da Record de Goiânia, Silvye Alves, foi preso. O empresário teria entrado sem autorização no prédio onde ela mora e ainda chegou a agredi-la com socos no rosto, chutes e tapas.
Ricardo foi levado à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) por policiais do 9º BPM, de Goiânia. Ele pretendia pegar um avião assim que foi capturado. As agressões teriam ocorrido na frente do filho da comunicadora, que tem apenas 11 anos.
Logo depois da agressão, a jornalista foi até a Delegacia da Mulher para realizar o registro de Boletim de Ocorrência contra Ricardo Hilgenstieler. Silvye foi encaminhada para um hospital da capital goiana para cuidar dos ferimentos.
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Silvye chegou a fazer um desabafo em seu Instagram: “Não está sendo fácil… A dor física só não é pior do que a dor na alma… A maior tristeza de tudo isso foi ver meu filho sofrer… Prometi nunca fazê-lo sofrer e hoje aconteceu o pior… Peço orações a vocês, cessem o ódio, por favor, isso não leva a lugar nenhum…”.
Defensora dos direitos das mulheres, Silvye é considerada um dos principais nomes do jornalismo em Goiás e atualmente está a frente da apresentação da edição local do ‘Cidade Alerta’ por cinco anos. A apresentadora vai ficar longe de trabalho por tempo indeterminado.
Briga entre marido e mulher se mete a colher, sim!
Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas, vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica, como o de Quesia Freitas, não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.
Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.
Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.
Mas como denunciar violência doméstica?
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.