Excluir ex das redes sociais não é imaturidade

Em parceria com Superela
14/05/2016 15:45 / Atualizado em 07/05/2020 03:11

Texto escrito por Mafê Probst, colunista do Superela.

Não é nada contra você, mas eu vou te excluir do meu Facebook. Tivemos uma história linda, foi bom o tempo que durou, mas não deu mais. Terminamos de uma forma não muito bonita, houve um pouco de mágoa na despedida, mas é isso. Apesar do tudo guardo carinho imenso, mas a verdade é que vou te excluir do meu Facebook.

 
 

Não é imaturo nem irracional, entenda. Simplesmente não tem mais porque dividir minha história contigo, tampouco saber da tua. Traçamos, a partir de agora, linhas diferentes e distintas e não há motivos para misturar essas histórias incompatíveis. Eu te quero feliz e me quero feliz também. É isso. Tchau, querido.

(excluir do Facebook? >> confirma >> sim)

Você acha imaturo excluir o/a ex do Facebook? Se sim, não deveria.

Existem diversos motivos para não alimentar a curiosidade com o ex, stalkeando ele no Facebook, da mesma forma que existem outros incontáveis motivos para você não expor a sua nova rotina para ele.

O término, num todo, sempre deixa alguém magoado. Por mais que tenha sido um ‘consenso’, na hora do fim alguém sai triste/chateado, alguém sai com saudade, alguém sai achando que nunca mais vai amar ninguém, alguém sai achando que viverá para sempre sozinho, etc., etc., etc. Perguntas como “Mas não era isso que você queria?” são comuns após um término, ainda que ela seja proferida para a pessoa que, justamente, pôs um ponto final numa história.

Nunca é fácil terminar. Ao chegarmos perto do fim, a memória faz questão de nos lembrar o quanto o abraço era confortável, o quanto a intimidade era gostosa e como aquele moletom velho cabia perfeitamente em você, naquelas tardes intermináveis de chuva e filme velho. É quase como a vida, que passa diante dos olhos quando estamos prestes a morrer. Já ouviu alguém narrando que, ao ver a morte de perto, viu a vida passar diante dos olhos e, assim, viu o estresse que passa no trabalho, o tanto que batalhou, a unha encravada do dedão do pé… Não. A maioria das histórias são lindas – flashes de uma vida bonita, tranquila e feliz. O mesmo — mesmíssimo — acontece no fim do relacionamento. O que, mais uma vez, acaba por magoando/ferindo alguém.

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