Exposição no Leslie-Lohman reúne obras LGBTQ censuradas

Por: Biah Percinoto

Ofensiva, irreverente, obscena, indecente, degenerada, vulgar, debochada, depravada, lasciva: estes são apenas alguns dos adjetivos atribuídos por alguns críticos ao descrever uma arte que apenas não foi pensada para o público mainstream: a arte LGBTQ.

Zanele Muholi, 2007, cópia digital, 48 x 39 em. Cortesia da artista.

A arte de figuras como o falecido Robert Mapplethorpe, que por meio de suas fotografias apoiou o homoerotismo explícito e, por isso, teve, em 1988, sua exposição “The Perfect Moment”, com mais de 150 obras, censurada.

Outra vítima da censura, que entendia as representações de sexo do artista como “imagens sujas”, foi o artista David Wojnarowicz, que após divulgar seu vídeo intitulado “A Fire in My Belly” encontrou problemas com a Liga Católica.

Buscando identificar se em 2015 ainda enfrentaremos as temíveis “guerras culturais” dos anos noventa, o Museu Leslie-Lohman, sob a curadoria de Jennifer Tyburczy, traz a exposição “Irreverent: A Celebration of Censorship” que utiliza humor para explorar as condenações que afetaram diretamente a trajetória da arte LGBTQ.

Foto: Chesnot/Getty Images
David Wojnarowicz, trecho de “A Fire in My Belly”,1986-87. Cortesia do artista.

Apresentando o trabalho de 17 artistas multimídia, incluindo a artista Sul-Africana Zanele Muholi, a pioneira no feminismo Harmony Hammond, o americano Kent Monkman, o mexicano Queer Chicana Alma Lopez, além do falecido Mapplethorpe e o já citado Wojnarowicz, a exposição inspira-se nas respostas inovadoras destes artistas, em momentos decisivos na história da censura arte LGBTQ, no mundo inteiro.

Alma Lopez, Our Lady, 1999. Cortesia da artista.

Com informações The Huffington Post