Fã-clubes de Sandy e Junior paralisam atividades após polêmica
Admiradores dos cantores querem que a dupla dê satisfações sobre a venda de ingressos
A turnê “Nossa História”, de Sandy e Junior, vem gerando revolta entre os fãs que não estão conseguindo comprar ingressos sob acusação da ação de cambistas, que estariam impedindo a venda legal das entradas para os shows da dupla.
Tanto é que diversos fã-clubes dos irmãos cantores resolveram paralisar as atividades até que a dupla e sua equipe se pronunciem sobre a confusão que marca a volta dos irmãos aos palcos. A hashtag #nossahistoriamerecerespeito tem sido usada como forma de protesto.
“Por tudo que está acontecendo com a venda de ingressos e por toda a falta de comunicação da equipe estamos paralisando nossas atividades até segunda ordem. Quando vamos conversar?”, escreveram os responsáveis na página do fã-clube “SeJ – Jovens Pra Ser Velhos”, no Facebook.
- Super Tramp Experience chega a São Paulo para mega show no Tokio Marine Hall
- Site tem passagens baratas para principais festivais de música
- De surpresa, Sandy canta com Coldplay em show em SP; assista
- O que Sandy, Junior Lima e Xororó já disseram sobre Bolsonaro?
A confusão começou depois que a pré-venda dos ingressos para os clientes de uma marca de cartão foi aberta, há duas semanas. Já na última quarta-feira, 27, quando foram abertas as vendas para os shows extras, tanto quem tentava comprar pelo site, quanto quem foi às bilheterias pessoalmente comprar, teve problemas.
Na próxima sexta-feira, 29, os ingressos voltam a ser vendidos para o público em geral.
DENÚNCIA
Uma fã denunciou irregularidades na venda de ingressos para os shows da turnê “Nossa História”, que comemora os 30 anos da dupla Sandy e Junior. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acolheu a denúncia e determinou, na quarta-feira, 27, que a empresa responsável pela venda preste esclarecimentos sob pena de multa.
A decisão exige que as empresas responsáveis pela comercialização oficial dos ingressos apresentem relatório minucioso das vendas realizadas virtualmente e presencialmente, informando as quantidades.
A justiça também solicitou o cancelamento das compras que não respeitem a regra de até seis inteiras e duas meia-entradas por CPF e os recoloquem à venda. Foi comum ver na venda presencial pessoas comprando mais de oito convites para o show, em São Paulo, por exemplo.
Por fim, a Justiça requer que seja apresentada a prestação de contas, com a quantidade de bilhetes vendidos a cada comprador.
“Verifico que os fundamentos apresentados pela parte são relevantes e amparados em prova idônea, permitindo-se chegar a uma alta probabilidade de veracidade dos fatos narrados”, disse o juiz Luiz Carlos de Miranda.
De acordo com Miranda, “as requerentes, pelo acervo probatório juntado aos autos, demonstraram a existência de indícios que garantem a verossimilhança das alegações, em especial as diversas filmagens e as mensagens encaminhadas”.
O tribunal deu prazo de cinco dias para as empresas se manifestarem, sob pena de multa diária de R$ 1 mil a R$ 50 mil.