Filha de Juliano Cazarré nasce e com doença rara passa por cirurgia
Maria Guilhermina nasceu com Anomalia de Ebstein; Entenda tudo sobre a doença cardíaca
O ator Juliano Cazarré anunciou nesta quarta-feira, 22, o nascimento de Maria Guilhermina, sua quinta filha, que nasceu em São Paulo com uma doença cardíaca rara.
O parto já contava com uma equipe especializada, pois desde a gestação os médicos já haviam identificado a condição na pequena.
Fruto do casamento do artista com Letícia Cazarré, Maria foi diagnosticada com Anomalia de Ebstein, uma cardiopatologia congênita.
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No Instagram, Juliano Cazarré contou como estão sendo os procedimentos e garantiu que a filha está se recuperando bem. “Queridos amigos e familiares, é com enorme alegria e amor que anunciamos a chegada da nossa pequena Maria Guilhermina de Guadalupe Bastos Cazarré, na última terça-feira, dia 21 de junho, às 8h30 da manhã, em São Paulo. Maria Guilhermina chegou com um coração especial, dilatando também os nossos corações e os de todos ao seu redor!”, começou ele.
“Nos exames pré-natais, descobrimos que ela teria uma cardiopatia congênita rara, chamada Anomalia de Ebstein. Ao longo da gestação, os médicos perceberam que o caso dela seria um dos mais raros e graves dentro da anomalia e, por isso, decidimos vir para São Paulo para que ela pudesse nascer com a equipe mais especializada. Ela nasceu muito bem, surpreendeu a todos com muita força e saúde! Mas seu caso pedia uma intervenção cirúrgica imediata e, assim, nossa pequena guerreira passou seu primeiro dia de vida fazendo um reparo importante no coração”, contou Juliano Cazarré.
“A cirurgia correu bem, ela está estável e segue se recuperando e recebendo os melhores cuidados. Seus médicos e especialistas são verdadeiros heróis, e nós estamos felizes e tranquilos por poder contar com uma equipe tão bem preparada e dedicada. Queremos, antes de mais nada, agradecer o apoio constante, o carinho e as orações, que têm sido fundamentais para nos manter serenos e firmes neste momento. Nossos corações estão cheios de alegria e confiança! Maria Guilhermina é a coisa mais linda!”, continuou o ator aliviado após momentos de tensão na maternidade.
“Vamos seguir cuidando de tudo para que, em breve, possamos levá-la para casa, onde seus irmãos Vicente, Inacio, Gaspar e Maria Madalena a aguardam ansiosamente! Contamos com as orações de todos. Sinceramente, Letícia e Juliano Cazarré”, finalizou o ator.
Anomalia de Ebstein – doença rara
Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia rara da válvula tricúspide, afetando apenas um em cada 10 mil bebês (meninos e meninas igualmente). Tem ampla gama de severidade, de leve a moderada a grave.
Quando ocorre Anomalia de Ebstein, a válvula tricúspide é malformada e fica posicionada em uma posição muito baixa, permitindo que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio.
Essas anormalidades causam aumento do átrio e ″atrialização” do ventrículo direito, levando a:
- Insuficiência cardíaca congestiva, um back-up do fluxo sanguíneo que resulta em acúmulo de líquido nos pulmões
- Fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo (síndrome de “blue baby”)
As formas graves do defeito podem causar um aumento tão grande do coração, até mesmo pré-natal, que ele enche a cavidade do peito do bebê e ocupa as áreas dos pulmões, que acabam por ficar muito pequenos. Assim, casos extremos acabam por não ser apenas um problema de coração, mas, sim, um problema de coração-pulmão.
O prognóstico para esses casos não é favorável, já que, pelo tempo que o bebê nasce, já há danos pulmonares irreversíveis.
A boa notícia é que tais casos graves são bastante incomuns. Muito mais comuns são as formas mais leves da doença, que são tratáveis, geralmente com prognósticos favoráveis.
Tratamento
A maioria das crianças com uma forma mais branda da anomalia de Ebstein pode ser tratada com medicação que controla a insuficiência cardíaca congestiva ou os ritmos cardíacos anormais. Mas, se a condição de seu filho é grave, causando arritmia ou baixos níveis de oxigênio em seu sangue (cianose), a cirurgia será provavelmente necessária. O cardiologista pediátrico do seu filho irá delinear opções durante o tratamento. Há várias abordagens cirúrgicas para reparação da válvula tricúspide de seu filho, dependendo das muitas variáveis que essa condição pode apresentar.