Filho de Edmundo e modelo conta que sofreu exorcismo por ser gay
Atualmente com 22 anos, o filho do ex-jogador Edmundo e da modelo Cristina Mortagua, o cineasta Alexandre Mortagua revelou ao colunista Paulo Sampaio do UOL que a mãe tentou curá-lo por meio de um ritual evangélico ao descobrir que ele era gay.
“Foi muito cena de filme”, conta Alexandre. “Ela era megaevangélica, rolou um princípio de exorcismo. Quando eu cheguei em casa, já tava tocando um gospel estilo Ludmila Feber (cantora evangélica). Então, minha mãe quis ungir minha testa com óleo, sabe?, essas palhaçadas que esses pastores inventam pra ganhar dinheiro”, lembra.
O cineasta lembra que tinha 14 anos à época e havia fugido para a casa do primeiro namorado, que morava em Petrópolis, na região serrana do Rio. Cristina descobriu, ligou pra mãe do garoto e foi buscar o filho. Ele lembra ainda que teve que se mudar do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, onde morava com Cristina, para a casa da avó, dona Neide, no subúrbio de Vila Valqueire, onde ficou até os 16 anos.
- Governo emite alerta urgente sobre golpes contra MEI; confira
- 26 filmes e séries chegam ao catálogo do Prime Video; confira
- Kate Middleton reaparece e revela diagnóstico de câncer; assista
- Da periferia ao mundo corporativo: conheça a trajetória da cabeleireira que abriu salões de beleza dentro de várias empresas de São Paulo
“Minha mãe queria que tudo seguisse um padrão de perfeição absoluto, nossa casa era toda branca, tudo, tudo. Ela precisou abrir mão de uma porção de certezas para me aceitar e ser feliz. Eu dou graças a Deus de ter tido a oportunidade de me livrar cedo dessas certezas (assumindo a homossexualidade). É uma batalha grande contra o ego”, revela.
Na entrevista, Alexandre Mortagua conta que não tem contato com o pai desde os 4 anos e que não sabe se ele aceitaria ou não sua homossexualidade.
“Realmente, não tenho contato com ele. Sei que é meu pai. Mas quando penso nele, eu não ouço uma voz, não sinto um cheiro, nada. Não que ele não seja nada. É meu progenitor. Massa. Mas não me vem nada”, explica. “Uma vez eu o vi em um programa de TV dizendo que você pode ser o que for, agir como quiser, desde que coloque terno e gravata em uma reunião de trabalho”, lembra.
- Leia matéria completa
- Leia mais: