Com o intuito de fazer uma crítica aos preconceitos presentes na sociedade atual, a fotógrafa e estudante de jornalismo Júlia Müller, 18 anos, criou o projeto ‘Não-cisismo no esporte‘. Na série de imagens, a jovem uniu o universo das drags queens ao mundo do esporte para ajudar a combater os estereótipos neste meio.

A fotógrafa convidou três drags para posarem como atletas de modalidades bastante conhecidas no Brasil. A primeira delas representou uma skatista, a segunda vestiu-se como jogadora de futebol e a terceira como lutadora. Müller procurou manter as características das modelos: cheias de brilhos, sapatos de salto alto e maquiagens chamativas. Os únicos elementos acrescentados a elas foram acessórios dos respectivos esportes.

Júlia trabalhou durante aproximadamente um ano em uma redação de esporte e, desde então, tem refletido sobre a ideia para o ensaio, principalmente como forma de discutir os preconceitos de gênero. Até mesmo o nome do projeto é uma negativa do cisismo (gênero dominante na esfera social) dentro do esporte e, além disso, também faz uma brincadeira com o narcisismo.

Em entrevista ao Catraca Livre, Júlia relata que sua principal intenção era “provocar o incômodo, o estranhamento e até mesmo a discriminação daqueles que encarassem as fotos para, em seguida, desconstruir todos esses sentimentos com imagens alegres e representativas”.

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