GloboNews vai ao ar com todos os jornalistas negros pela 1ª vez
A emissora do Grupo Globo foi pressionada nas redes sociais após debater racismo, ontem, apenas com comentaristas brancos
Após pressão nas redes sociais, a GloboNews foi ao ar, nesta quarta-feira, 3, com todos os jornalistas negros pela primeira vez. Flávia Oliveira, Maju Coutinho, Aline Midlej, Zileide Silva, Lilian Ribeiro se reuniram no ‘Em Pauta’, sob apresentação do âncora Heraldo Ribeiro e debateram racismo no Brasil e os protestos antirracistas pelo mundo.
As críticas se intensificaram, na noite de ontem, terça-feira, 2, quando o programa discutia, apenas com comentaristas brancos, racismo no Brasil, após a fala do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, de que o movimento negro é uma “escória maldita”. A emissora do Grupo Globo foi fortemente criticada nas redes sociais.
O twitter ficou repleto de posts questionando “até quando?” questões de representatividade e lugar de fala não seriam levadas em conta pela sociedade e pelo maior grupo televisivo do Brasil, a Globo.
- Tadeu dá recado ao vivo após internautas pedirem expulsão de Larissa do BBB 23
- Jornal Nacional sofre falha técnica e áudio dos bastidores vaza ao vivo
- Atriz atribui culpa de reprovação de ‘Travessia’ a cancelamento de Cássia Kiss
- Relembre 8 memes memoráveis de Glória Maria na TV
Nesta quarta-feira, com a autocrítica prática realizada pela Globo, que ainda informou ter fixado as jornalistas Zileide Silva e Flávia Oliveira como comentaristas do Em Pauta, um dos principais telejornais de GloboNews, internautas comemoraram.
“Finalmente”, comemorou uma internauta. “Ontem, no mesmo tweet que critiquei a GloboNews por não ter colocado seus jornalistas negros para discutir os protestos nos EUA, falei que a emissora tem pessoal competente para discutir o assunto. Hoje o #EmPauta vem com esse time. Ponto pra gente. Estamos mudando as coisas!”, disse outro.
“A GloboNews fazendo o mínimo que é dar voz às jornalistas negras neste momento em que nós precisamos ser ouvidas. Pois, são nossos corpos que sofrem as mazelas do racismo, seja lá em qual posição estivermos. Espero que continue assim daqui a diante”, pediu um telespectador.