Guardadas por 50 anos, roupas e objetos pessoais de Frida Kahlo são fotografados
Qualquer pessoa que conheça, ainda que remotamente, a obra de Frida Kahlo vai ter notado que um dos principais temas de suas pinturas foi a sua própria dor física e a fragilidade do seu corpo, especialmente após um acidente de ônibus, ocorrido em 1925, tê-la deixado praticamente aos pedaços, com a coluna vertebral, a clavícula, as costelas e a pélvis quebrada, além de onze fraturas em sua perna direita, um pé esmagado, um ombro deslocado e abdômen e útero furado.
Verdadeiro ícone de estilo, no entanto, não foram apenas suas pinturas que fizeram referencias a seu corpo dilacerado, como pode-se notar claramente em “Árvore da Esperança”, de 1946. A vestimenta de Frida, inevitavelmente, também contou muito deste acontecimento que mudou para sempre sua vida, não só como pessoa, mas fundamentalmente como artista.
Expressando sua vontade indomável de viver uma vida plena, independente e criativa, suas roupas foram completamente adaptadas pela própria artista. Assim, saias se fundiram a espartilhos e botinas protéticas que acomodavam suas pernas deformadas e assimétricas, escondidas sob vestidos tradicionais longos. Em seus espartilhos e talas, ainda era possível ver pequenos desenhos que muito diziam a respeito de quem era Frida, sendo um deles o martelo e a foice comunista.
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Após a morte de Kahlo, em 1954, seu marido Diego Rivera fechou os pertences da pintora mexicana em um banheiro de sua casa, na Cidade do México, a famosa “Casa Azul”. O quarto foi reaberto somente em 2004, quando finalmente o fotógrafo Ishiuchi Miyakofoi conseguiu uma permissão para fotografar os seus conteúdos íntimos.
Para o deleite dos fãs de Kahlo, algumas das roupas e peças da artista, clicadas por Miyakofoi , podem ser vistas aqui. As informações são do “The Guardian“: