Influencer denuncia Batoré por assédio sexual: ‘Nojo’
"Sim, eu abafei o caso porque eu não queria que fechassem portas para mim", desabafou a blogueira
A influencer Nathaly, conhecida como a “Blogueira de Baixa Renda”, denunciou nesta segunda-feira, 23, nas redes sociais, o humorista Ivanildo Gomes Nogueira, conhecido pelo seu personagem Batoré, por assédio sexual.
Nathaly disse que o ataque aconteceu durante sua primeira experiência cinematográfica. A influenciadora disse que Batoré fez o seguinte questionamento: “Você tem 26 anos? Nem parece ter cabelo na buceta já.”
“Ficou insinuando mil coisas comigo e com quem passava na 25 de março. NOJO! Sim, eu abafei o caso pq eu não queria que fechassem portas para mim. BURRA? Sim!”, afirmou Nathaly.
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A influencer se manifestou após Batoré fazer igual Sérgio Reis e gravar um vídeo ameaçando o Supremo Tribunal Federal (STF ).
“Nós temos a consciência de que militar não faltava só na presidência, falta no STF, falta na Câmara dos Deputados e no Senado”, inicia o vídeo, aos gritos.
“O desejo da maioria dos Brasileiros é que o presidente feche a porta desses três Casas, porque não tem trazido benefício nenhum para o nosso país, não tem pensado no nosso povo”, continua.
Na sequência, Nogueira afirma que o “presidente do Senado deveria estar preso porque está na Lava Jato, o presidente Câmara deveria estar preso porque está na Lava Jato… e o STF? Que só fica soltando bandido, parece lacto purga: toda merda que está presa, solta”.
Como denunciar importunação sexual e assédio
O Código Penal estabelece, no seu artigo 215-A, como importunação sexual “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. E prevê uma pena de reclusão de 1 a 5 anos, em caso de condenação. Em razão dessa pena máxima estipulada em lei, acusados desse crime podem, em tese, ser presos em flagrante.
Nos crimes contra a dignidade sexual (como o estupro e a importunação sexual) é necessário fazer o boletim de ocorrência para que as investigações ocorram e, mais a frente, o Ministério Público possa acusar o agressor. Não há mais a necessidade da chamada “representação” (manifestar o desejo de ver o agressor processado) para esse tipo de crime. Ainda assim, apesar do Ministério Público ser o responsável por processar o agressor, a vítima pode buscar assessoria jurídica para ter apoio e se sentir segura durante todos os procedimentos necessários.