Irmã de Gil do Vigor acusa vendedora de loja ‘cara’ de racismo

"A vendedora não falou comigo, não deu atenção. Pediu um cadastro só para a assessora da minha mãe, por ser branca", alegou Janielly Nogueira

Janielly Nogueira, irmã de Gil do Vigor, relatou que passou por um episódio de racismo enquanto escolhia uma bolsa em uma loja de grife em São Paulo.

Irmã de Gil do Vigor acusa vendedora de loja ‘cara’ de racismo
Créditos: Reprodução/Instagram @janiellynogueira
Irmã de Gil do Vigor acusa vendedora de loja ‘cara’ de racismo

Pelas redes sociais, Janielly disse que, quando entrou no local, a vendedora conversava só com a assessora de imprensa da mãe, Jacira Santana, e fingia que ela não estava ali. A profissional responsável por assessorar dona Jacira tentou explicar que não era ela a cliente da loja, mas de qualquer forma não deu certo.

“Passei por um constrangimento tão grande. Passei por uma loja para comprar uma bolsa, uma loja meio cara. Estávamos eu e a assessora [de imprensa] da minha mãe, que por sinal é galega, branquinha”, falou ela em vídeo no Instagram. “E a vendedora não falou comigo, não deu atenção. Pediu um cadastro só para a assessora da minha mãe, por ser branca e eu, preta. Fico impressionada como as pessoas ainda têm essa visão, de cores. Está doendo”.

Nesta quarta-feira, 9, Janielly voltou a falar sobre o ocorrido e ainda mandou um recado para a vendedora nas redes sociais: “Querida, eu amo a minha cor. Eu queria ser mais pretinha, mas Jesus me fez assim. Mas eu amo a minha cor, sou muito orgulhosa de tudo o que eu vivo. E, assim, não consigo entender como as pessoas no século XXI conseguem ainda ter esse tipo de pensamento, sabe, de humilhar, de [se] desfazer das pessoas na cara de pau, porque ela nem disfarçou”.

A influenciadora digital alegou que não quer mais comentar sobre o acontecimento por ser algo que a deixa muito triste. “Então, fui me divertir, fui conhecer a Pocah, a Carlinha [Diaz] para me tirar desse estresse [porque] eu estava muito magoada; Gilberto ficou indignado”, completou.

Como denunciar racismo

Casos como o de Luiz estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.

Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.

A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Veja mais.