Jogos Pan-Americanos de Lima começam hoje com recorde de atletas
Primeiras partidas serão de handebol e vôlei de praia
Os Jogos Pan-Americanos podem ser traduzidos como a Olimpíada das Américas. Tiveram sua primeira edição em 1951, em Buenos Aires, inspirados pelos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, que já existiam desde 1926. Os Jogos são promovidos pela Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), fundada em 1948 e reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Os Jogos de Lima, cujas primeiras disputas começam nesta quarta-feira, 24, vão reunir 6.680 atletas de 41 países em 39 esportes. É a maior edição do Pan em número de atletas. A que menos reuniu competidores foi a de São Paulo, em 1963, com 1.665 competidores de 22 países. As informações são de Marcelo Brandão, repórter da Agência Brasil.
Quinze cidades das Américas já receberam os jogos. O Brasil sediou o evento em duas oportunidades. Além de São Paulo, o Rio de Janeiro foi palco da edição de 2007. Duas cidades já sediaram o evento duas vezes: Winnipeg, no Canadá (em 1967 e 1999), e a Cidade do México (1955 e 1975). Lima é a 16ª cidade a entrar na lista. É a primeira vez que os jogos são realizados no Peru.
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Os Estados Unidos têm o melhor desempenho da história dos Jogos. Foram 4.437 medalhas, sendo 1.964 delas de ouro. Em apenas duas edições, a primeira em Buenos Aires e a de Havana, em 1991, o país ficou em segundo no quadro de medalhas. Nos dois casos, a potência da América do Norte ficou atrás apenas do país-sede. No quadro geral de medalhas da história dos jogos, o Brasil está em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, Cuba e Canadá.
Brasil no Pan
O Brasil já trouxe 1.205 medalhas, sendo 329 de ouro, 357 de prata e 519 de bronze. As modalidades mais vitoriosas do Brasil são natação (184 medalhas), atletismo (173 medalhas) e judô (124 medalhas).
Nossa melhor colocação no quadro de medalhas foi em 1963. Nos Jogos de São Paulo, o país ficou em segundo lugar, com 52 medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos. Na edição seguinte, em Winnipeg, o Brasil teve um desempenho mais modesto, com 26 medalhas. Mas daí para frente, a cada edição, o número foi crescendo em relação ao ano anterior, culminando no melhor desempenho de sua história no Pan do Rio, com 157 medalhas, sendo 52 de ouro.
Há três edições o Brasil têm ficado em terceiro no quadro geral de medalhas. Em 2007, o Brasil ficou atrás dos Estados Unidos e de Cuba. Nas duas edições seguintes, em 2011 e 2015, o país conquistou 141 medalhas em cada uma. Em 2011, em Guadalajara, a história se repetiu, com EUA e Cuba à frente. Quatro anos depois, em Toronto, o Brasil manteve na terceira posição, atrás de EUA e Canadá.
Os maiores nomes do Brasil nos Jogos vêm, principalmente, da natação. E ninguém conquistou mais medalhas para o Brasil do que Thiago Pereira. O nadador brasileiro, chamado de “Mr. Pan”, já participou de quatro edições e levou para casa 23 medalhas até hoje. Dessas, 15 são de ouro. Pereira é o maior medalhista da história dos Jogos. O também nadador Gustavo Borges é outro que tem números invejáveis. Foram 19 medalhas, sendo oito de ouro. Os dois atletas já encerraram suas carreiras.
No tênis de mesa, o Brasil também fez história. Hugo Hoyama, com 15 medalhas, sendo dez ouros, e Cláudio Kano, com 12 medalhas, sendo sete ouros, marcaram seus nomes nos Jogos Pan-Americanos. Outras grandes performances brasileiras na competição são de Djan Madruga (natação), com 11 medalhas; Sebástian Cuattrin (canoagem), com 11 medalhas; Fernando Scherer (natação), com dez medalhas; Daniele Hypolito (ginástica artística), com dez medalhas; e Cláudio Biekarck (vela), com nove medalhas.
Biekarck, inclusive, pode ser considerado um daqueles pontos da curva. O velejador de 68 anos disputa o Pan desde 1975 e continua na ativa. Biekarck estará em Lima para sua décima edição. Na outra ponta do Time Brasil, a esgrimista Victória Vizeu é a mais jovem da delegação. Com 15 anos, ela estreia em jogos Pan-Americanos.