Jovem com câncer terminal morreu no dia marcado

Por: Catraca Livre

Uma jovem norte-americana de 29 anos, chamada Brittany Maynard, com câncer em estado terminal, decidiu que morreria no dia 1º de novembro.E morreu.

Desde 2013, Brittany sofria de fortes dores de cabeça e, quando se consultou com médicos em janeiro passado, descobriu que tinha câncer no cérebro. Mesmo com tratamento feito durante meses, sua saúde continuou a piorar. Por causa dessa situação, a jovem decidiu seguir um caminho diferente.

Nesses meses, o câncer piorou, e Maynard poderia começar a sentir dores terríveis, que mesmo remédios fortes não sejam capazes de aliviar. Como seu corpo é saudável, mesmo que a jovem consiga sobreviver fisicamente, talvez o câncer já tenha destruído sua mente.

Em um artigo que escreveu para o site da emissora CNN, ela disse: “Depois de meses de pesquisas, minha família e eu chegamos a uma conclusão dolorosa: não existe um tratamento que possa salvar minha vida, e os tratamentos que me foram recomendados destruiriam o tempo que me resta”.

Para realizar a vontade de Maynard, ela e seu marido se mudaram da Califórnia para o Estado de Oregon, um entre cinco Estados norte-americanos onde o suicídio com assistência de médicos é permitido. Depois de se estabelecer no local, ela teve que provar que tem menos de seis meses de vida.

Antes de morrer, ela tinha um último desejo: viajar com a família para o Grand Canyon, nos Estados Unidos, um dos lugares mais belos do mundo.

A norte-americana compartilhou sua experiência com a Compassion & Choices, uma entidade sem fins lucrativos, que pressiona as autoridades por uma legislação que legalize a eutanásia. Além disso, ela lançou uma campanha na mídia, com um vídeo no YouTube, para explicar a situação junto com sua família.

Ela relatou que se sentia aliviada sabendo que tem a opção de morrer “nos próprios termos” e gostaria que outros na mesma situação tenham acesso a esta alternativa. Sua campanha traz a tona a polêmica sobre a moralidade do suicídio auxiliado por médicos e a perspectiva de que outras legalizações aconteçam nos Estados Unidos.

Via BBC