Ludmilla responde racista que a chamou de ‘macaca’ no Prêmio Multishow
"Para maioria dos brasileiros, nunca foram fáceis. E com preconceito e julgamentos pelo tom de pele, vocês só complicam as coisas”, afirmou a funkeira
A cantora Ludmilla respondeu, em sua conta no Instagram, nesta quinta-feira, 31, um comentário racista proferido contra ela durante o Prêmio Multishow, na última terça-feira, 29. A funkeira usou a função stories da rede social, para compartilhar um vídeo da premiação com o ataque racista para comprovar o ataque.
Depois de ter sido a vencedora do prêmio de Melhor Cantora do Ano, Ludmilla não se calou frente ao racismo que sofreu. “Alguém me chama de macaca no vídeo, mas não sabemos quem foi a pessoa exatamente”, disse Ludmilla. “Cara, até quando isso? Olha, as coisas pra mim, e eu acho que pra maioria dos brasileiros, nunca foram fáceis. E com preconceito e julgamentos pelo tom de pele, vocês só complicam as coisas”, afirmou.
Mas, a cantora não parou por aí. “A vontade de diminuir é tanta que não pensam nas consequências dos seus atos. Eu só queria deixar bem claro para vocês, racistas, que além da Justiça ser lenta, aqui as pessoas que praticam racismo comigo ainda não terem sido punidas, isso não significa que a cobrança nunca vai chegar, ou que ela está longe disso”, salientou.
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“Ainda bem que eu tenho meu Deus e uma família que não me deixa desmoronar diante dos racistas. A cobrança de vocês uma hora vai chegar”, finalizou Ludmilla.
Racismo: saiba como denunciar e o que fazer em caso de preconceito
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Saiba mais clicando aqui.