Luisa Mell fala em ‘vontade de morrer’ e preocupa seguidores em live

A ativista foi vítima de violência médica

Em uma live, Luisa Mell chorou muito ao desabafar sobre a violência médica que sofreu ao ser submetida a uma lipoaspiração sem a sua autorização. A ativista preocupou os seguidores principalmente ao mencionar vontade de morrer.

“Desculpa, eu precisava falar pra vocês porque eu só penso em morrer nos últimos tempos, mas eu tenho meu filho, eu tenho meus bichos. Não quero viver assim”, disse aos prantos.

Em uma live, Luisa Mell chorou muito ao desabafar sobre a violência médica que sofreu

Luisa procurou um dermatologista para uma consulta de rotina em dezembro de 2020. Na ocasião, o médico falou sobre um novo laser e ela topou passar pelo procedimento, que teria supervisão de um anestesiologista. Ao acordar, descobriu que havia passado também por uma lipoaspiração.

Em junho deste ano, ela terminou o casamento com Gilberto Zaborowsky, que teria permitido o procedimento estético na ativista sem que ela autorizasse.

“Ele achou que eu tinha muita gordura baseado no conceito estético sei lá de quem”, disse Luisa na live. “Não é justo isso, gente.”

Suicídio é problema de saúde pública

O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.

Todos os anos, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, uma pessoa morre por suicídio a cada hora, enquanto outras três tentaram se matar sem sucesso no mesmo período.

Fique atento aos sinais! Um dos falsos mitos sociais em torno do suicídio é que a pessoa que tem a intenção de tirar a própria vida não avisa, não fala sobre isso
Créditos: iStock/@noipornpan
Fique atento aos sinais! Um dos falsos mitos sociais em torno do suicídio é que a pessoa que tem a intenção de tirar a própria vida não avisa, não fala sobre isso

O assunto é tão complexo que muitas pessoas evitam falar a respeito, o que nem sempre é a melhor decisão. Um problema dessa magnitude não pode ser negligenciado, pois sabe-se que o suicídio pode ser prevenido.

Ajudando alguém

Se você identificou em alguém próximo sinais de comportamento suicida, encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Faça a perceber que você está ali para ouvir e ofereça seu apoio.

É importante também que você a incentive a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. É legal você se oferecer para para acompanhá-la a um atendimento. Assim ela ficará mais confortável e terá menos receio.

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa.

Se a pessoa com quem você está preocupado vive com você, assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.

Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

Conversar abertamente com a pessoa sobre seus pensamentos suicidas não a influenciará a completá-lo
Créditos: iStock/@PeopleImages
Conversar abertamente com a pessoa sobre seus pensamentos suicidas não a influenciará a completá-lo
  • Buscando ajuda

Pensar em acabar com a própria vida pode ser insuportável e muito difícil, e você pode não conseguir enxergar uma saída. Mas existe ajuda disponível!

Primeiramente, é muito importante conversar com alguém que você confie. Não hesite em pedir ajuda! Você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a entrar em contato com os serviços de suporte.

Lembre-se que quando pede ajuda, você tem o direito de ser respeitado e levado a sério, ter o seu sofrimento levado em consideração, falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação, ser escutado e ser encorajado a se recuperar.

Onde buscar ajuda para prevenir o suicídio?

Há algumas possibilidades de auxílio nesse momento:

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído por equipe multiprofissional e que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. É instalada perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem e, com isso, desempenha um papel central na garantia de acesso à população a uma atenção à saúde de qualidade.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de Atenção às Urgências. O objetivo é concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192.

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar o site do CVV para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita, ou conferir aqui os postos de atendimento.

Ligue 188 – CVV
Créditos: divulgação/Arte Catraca Livre
Ligue 188 – CVV
  • Ajuda psicológica gratuita

Universidades públicas e particulares no Brasil que possuem em sua grade o curso de Psicologia normalmente possuem atendimento psicológico gratuito para a comunidade. Há profissionais particulares que oferecem cotas de atendimento psicológico social para pessoas em situações financeiras vulneráveis.