Maquiador critica canais de beleza no YouTube: ‘não me inspiram’

Por: Redação

Wayne Goss começou um canal no YouTube em 2009, no qual compartilha tutoriais, dicas e truques de maquiagem. Mas apesar de ele mesmo ser um produtor de conteúdo na rede social, o maquiador tem uma grande crítica aos canais de beleza.

Em um vídeo chamado “Como o YouTube e os gurus de beleza pararam de nos inspirar”, Wayne explicou que o Youtube mudou muito nos últimos anos; os canais se profissionalizaram bastante. Foi vendo um tutorial de maquiagem que ele percebeu isso. “A qualidade de produção era tão alta que deveria ter uma equipe de pelo menos três pessoas [fazendo o vídeo], com três câmeras diferentes em três ângulos diferentes, e isso era apenas para o canal principal [da blogueira]. A edição também havia ficado bem bonita, e enquanto eu estava assistindo, fiquei pensando não na beleza [do vídeo], mas em quão extremo o YouTube ficou em termos de produção“, observou.

Para o maquiador, a evolução de canais de beleza não é nada inspiradora. Wayne descreveu no seu vídeo os cenários desses canais, com iluminação perfeita, cosméticos caros ao fundo e outros itens de grifes caras, e disse: “[isso] não me inspira a ser melhor, a me esforçar por mais; só me faz pensar que fundamentalmente há algo errado“.

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Ele ainda explicou que não vê nada de errado em melhorar sua técnica e progredir na sua carreira; seu problema é com a forma como isso é escancarado. “Ver o crescimento e o orçamento [desses canais] não me inspira, só me deixa muito, muito desconfortável. Porque estamos vendo-os se tornarem cada vez maiores e mais ricos, e vemos suas casas crescendo cada vez mais, e eu não penso: ‘meu Deus, preciso disso”, falou, “há sobre sobre isso que não me desce”.

No final, Wayne Goss disse que queria ouvir a opinião de outras pessoas, e começar uma conversa. A maioria dos comentários mais curtidos do vídeo estão de acordo com a visão do maquiador:

Tradução: “Acho que você levanta um bom ponto aqui, Wayne. Pessoalmente, acho difícil me sentir inspirada por algo que não parece alcançável”
Tradução: “Acho que o YouTube não é para o jovem comum postar seus vídeos… Acho que está evoluindo para uma rede de profissionais”
Tradução: “Eu comecei a assistir [a vídeos no] YouTube em 2006; era muito mais real e pessoal. Assim que dinheiro foi envolvido, todo mundo vendeu suas almas por relacionamentos falsos, rostos e corpos falsos, felicidade falsa e “metas” de estilo de vida falsas. As redes sociais e o dinheiro destruíram a criatividade. Todo mundo se veste da mesma forma, dança da mesma forma, faz a mesma maquiagem… É triste”.
Outras apontaram pontos diferentes, e também discordaram:
Tradução: “Eu não assisto ao YouTube para ter inspiração. Eu o uso para entretenimento e educação”

Tradução: “Não deveria incomodar as pessoas que os outros estão melhorando, progredindo, ficando mais ricos ou mais felizes com suas bênçãos!”

Tradução: “Acho inspirador quando [os canais] crescem. Eu não romantizo a falta de dinheiro. Nasci em um país africano onde às vezes minha mãe não sabia de onde o dinheiro do próximo ônibus sairia. Não acho que ganhar dinheiro e ser capaz de criar conteúdo e que é mais bem feito significa que [os youtubers] sejam ‘falsos’ ou vendidos. Eu os elogio por terem sido capazes de fazer seus canais crescerem a ponto de gerarem uma renda maior. Acho que isso é uma habilidade. É entretenimento. O julgamento de que eles são menos autênticos ou mudaram quando ganharam dinheiro é irrelevante porque eles nunca foram ‘conhecíveis’ por ninguém, em primeiro lugar. Eles sempre mostram uma pequena faceta de si mesmos, se qualquer forma”.
Veja o vídeo de Wayne na íntegra:

E você, qual é a sua opinião sobre os pontos que Wayne levantou?

Por Redação