Marcão do Povo após polêmica com Ludmilla: ‘Devia pedir desculpa’

Apresentador foi acusado de racismo e perdeu o emprego na Record TV

Marcão do Povo, que causou polêmica em 2017 após ser acusado de racismo por conta de um comentário sobre Ludmilla, comentou sobre o assunto durante participação no “Superpop”, da RedeTV!, na noite da última segunda-feira, 22.

O apresentador do telejornal “Primeiro Impacto”, do SBT, se explicou dizendo que a expressão usada para se referir à cantora não é preconceituosa.

Marcão do Povo comentou sobre Ludmilla no “Superpop”
Créditos: Reprodução/RedeTV! e Instagram
Marcão do Povo comentou sobre Ludmilla no “Superpop”

“Eu usei uma expressão, ‘pé de macaco’, que na minha região é aquela pessoa que desdenha do próximo. Eu citei isso no episódio que ela se passa por Kátia. Se ela não quer ser quem é para tirar foto, não saia de casa. Dezesseis dias depois soltaram isso daí, foi montado, editaram para me prejudicar”, argumenta.

Mesmo depois de ser demitido da Record Brasília por conta do episódio, Marcão continua irredutível. “Não devo favor nem satisfação para ela, ela que deveria pedir desculpa para mim. Se você olhar no Código Penal ou no Google, vai ver não cometi nada, nem injúria, nem calúnia. As pessoas se aproveitam da cor da sua pele para tirar proveito das pessoas, querem alguma coisa para sobressair em quem faz sucesso”, completou.

Ao ser questionado sobre a decisão da emissora dos bispos de desliga-lo de suas funções no “Balanço Geral DF”, o jornalista disse: “Foi o pior momento da minha vida, cheguei em casa chorando. Na época fui humilhado. Uma semana depois o Silvio [Santos] me ligou para trabalhar no SBT e muito bem recebido lá”.

RELEMBRE O CASO

Em janeiro de 2017, Marcão do Povo usou o termo “macaca” para se referir à cantora Ludmilla, causando polêmica. Embora tenha alegado que a declaração foi divulgada fora do contexto, ele foi demitido.

“Como é público e notório, eu sou de uma cidade do interior do Tocantins, aonde cresci e desenvolvi diversos costumes, dentre os quais alguns vícios de linguagem. A expressão citada pela reportagem é uma delas: em nenhum momento quis ofender a cantora por sua cor.

O termo ‘macaco’ é utilizado no Centro-Oeste sem teor pejorativo. Por exemplo: é bastante comum ver pessoas dizendo que ‘fulano é macaco velho’, pois já tem certa vivência em determinada coisa. É a mesma situação presente no vídeo, com a simples mudança do adjetivo que acompanha o termo.

A acusação de racismo não procede. Minha carreira é marcada por respeito a todos, independente de cor, raça, credo ou qualquer outra coisa”, disse o apresentador.