Meryl Streep é criticada por estrelar capa de revista com camiseta considerada racista
Para divulgar seu último longa – “Suffragette” (ainda inédito no Brasil) – a atriz Meryl Streep estampou a capa da revista inglesa Time Out usando uma camiseta com a frase “Prefiro ser uma rebelde a uma escrava”. Na mesma edição, as atrizes Carey Mullingan, Romola Garai e Anne-Marie Duff, que participam do filme ao lado de Meryl, também aparecem usando a camiseta.
A frase foi extraída de um discurso feito em 1913 pela ativista dos direitos das mulheres britânicas Emmeline Pankhurst (quem Streep interpreta no filme). A passagem completa diz: “Eu sei que as mulheres, uma vez convencidas de que estão fazendo o que é certo, que a rebelião é justa, vão continuar, não importa quais dificuldades, não importa quais os perigos, desde haja uma mulher viva para segurar a bandeira da rebelião. Eu prefiro ser uma rebelde do que uma escrava”.
No entanto, muitos consideraram a mensagem racista e desrespeitosa aos negros que foram escravizados ao longo da história e escreveram críticas nas redes sociais.
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“Meryl Streep precisa aprender mais. Se não ela, o seu assessor”, escreveu um usuário do Twitter. “Mulheres brancas disseram muitas coisas terríveis ao longo da história, mas isso não significa que seja necessário usar (as palavras) em uma camiseta”, escreveu outro internauta no microblog.
Em resposta às críticas, a Time Out emitiu uma declaração na qual alegou que a citação foi tirada do contexto e que era um “grito de guerra” destinado a mulheres estimulando-as a levantar-se contra a opressão, e que “absolutamente (a frase) não se destina a criticar àqueles que não tiveram escolha senão submeter à opressão”.
Nas redes sociais alguns internautas também se manifestaram em defesa da atriz: “Ela tem sido hostilizada por alguns idiotas exagerados que tiraram de contexto uma citação de 1913 de propósito”, escreveu uma pessoa. “O ‘escândalo’ sobre a camiseta mostra duas coisas: ignorância sobre a história e uma necessidade desesperada de algumas pessoas para monopolizar o status de vítima, escreveu outra pessoa.