Messi é ou não é autista? Saiba como boato criado no Brasil viralizou
A informação viralizou em agosto de 2013, quando o jornalista Roberto Amado publicou um texto dizendo que o camisa 10 da Argentina teria sido diagnosticado
Messi é ou não é autista? Não, o craque argentino não é autista, tudo não se passa de um boato criado no Brasil.
A história começou em 2013, quando se espalhou na internet a informação de que Lionel Messi foi diagnosticado com autismo, mais especificamente com a Síndrome de Asperger, nomenclatura que não é mais utilizada para se classificar o autismo.
Ainda criança, o atleta frequentava um mercado, que os donos eram os pais de Antonela
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A informação viralizou em agosto de 2013, quando o jornalista Roberto Amado publicou um texto dizendo que o camisa 10 da Argentina teria sido diagnosticado com a síndrome.
Porém a informação não é verdadeira e já foi desmentida até pela própria família do atleta.
O que é autismo?
O TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses. Dentro do espectro são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.
A suspeita inicial do Transtorno do Espectro Autista é feita normalmente ainda na infância, por meio da Atenção Primária à Saúde (APS), durante as consultas para o acompanhamento do desenvolvimento infantil. Por ser essencialmente clínico, a identificação de traços do espectro autista é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil, durante as consultas de avaliação do crescimento da criança, que acontecem em qualquer unidade da APS.
A antecipação da suspeita diagnóstica permite que a APS inicie prontamente a estimulação precoce e encaminhe a criança oportunamente para fechamento de diagnóstico na Atenção Especializada.
Uma das ferramentas usadas para análise durante as consultas é a Caderneta de Saúde da Criança, que traz orientações sobre os marcos do desenvolvimento esperados para cada idade. A 3ª edição da caderneta, lançada em janeiro deste ano, passou a incorporar um instrumento de rastreio para TEA, que deve ser aplicado a partir dos 16 meses: a escala M-CHAT-R. Com ela, é possível identificar sinais para TEA, como o baixo interesse por outras pessoas ou o hiperfoco.
O TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida e acessibilidade para essas crianças.
Com informações do Ministério da Saúde.