Mila Moreira se afastou da TV em decorrência da síndrome do pânico
Em um determinado momento de sua vida, a doença fez com que a atriz chegasse a pesar 48 quilos
Mila Moreira revelou, nos últimos anos, que tinha síndrome do pânico desde criança. A doença crônica fez com que a atriz, que faleceu nesta segunda-feira, 6, aos 75 anos, ficasse longe, por alguns momentos, dos trabalhos na TV. A atriz chegou a pesar 48 quilos por conta da síndrome.
“Eu menina, com 7, 8 anos de idade, ainda no colégio interno, tinha crises, suava muito, achava que ia morrer. Foi braba a minha infância por causa disso. Sou muito cagona para me matar, mas houve dias em que entrava no avião e queria que ele caísse, de tão cansada que estava”, falou em entrevista para a revista “Época”, em 2016.
“Cheguei a pesar 48 quilos. Só quem passou por isso sabe o que é. Há 30 anos estou medicada, bem, e falo isso com a boca cheia para alertar as pessoas: estou muito mais feliz e leve”, acrescentou.
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Mila morou perto da Estação da Luz, em São Paulo, local que o pai, o português Sr. Moreira, tinha um hotelzinho para mascates. A mãe, também de Portugal, era dona de casa. A artista foi registrada como Marilda Moreira da Silva. No entanto, nunca gostou do nome que foi batizada. O novo nome veio do livro “Mila 18”, um romance de Leon Uris.
A entrada na TV aconteceu por acaso, após substituir às pressas uma jurada no extinto programa do Chacrinha, em 1979. Na época, Mila chamou atenção do autor de novelas Cassiano Gabus Mendes, que a convidou para entrar no elenco de “Marrom Glacê” (1979). A atriz participou, na sequência, de quase todos os folhetins do novelista, como “Ti-ti-ti” (1985), “Que rei sou eu?” (1989) e “O mapa da mina” (1993).
Ataque de pânico
O ataque de pânico é um transtorno de ansiedade que se caracteriza por episódios inesperados, em que a pessoa pode experimentar um sentimento intenso de medo. Esses episódios podem ser acompanhados por sintomas físicos, como palpitações cardíacas, sudorese e falta de ar, além de visões distorcidas da realidade.
Segundo estatísticas, esse transtorno é mais comum entre as mulheres e também entre os jovens, com idades entre 15 e 30 anos.
Acredita-se que que uma combinação de fatores pode estar associada aos ataques de pânico, entre eles, a predisposição genética, histórico de traumas, efeito colateral de medicamentos e acúmulo de tensões.
O ataque de pânico não é necessariamente a mesma coisa que síndrome de pânico. O primeiro é um evento único, que pode ocorrer esporadicamente. Já a síndrome do pânico é quando há ocorrência de ataques repetidos.