Mulher demônia e Diabão: um casal transformado e feliz
"Conversei com meu marido e oramos para pedir ajuda para Deus. Já me questionei por medo em relação ao nosso Senhor", disse Carol Praddo
Carol Praddo, de 35 anos, conhecida como a “mulher demônia”, vem ganhando notoriedade nas redes por conta da modificação de sua aparência. Ela, que é casada com Michel Praddo, o “Diabão”, está transformação há cerca de 3 anos, tem 60% do corpo tatuado e alterações na língua, olhos, dentes e na testa.
Michel Praddo, marido da modificadora, que gosta de ser identificado como “Diabão”, disse em entrevista ao G1, que o casal se sente muito feliz em viver dessa forma e que só se sentem incomodados com o julgamento alheio das pessoas com estilo de vida deles.
O Diabão e Mulher Demônia
O casal de modificadores corporal vive na Praia Grande, litoral de São Paulo, e está há 11 anos junto. Com um pouco mais de mudanças que Carol, Diabão tem 85% da pele coberta por tatuagens e modificações parecidas com as da esposa, como chifres e dentes alongados, além de carnificações, como remoção das orelhas e do nariz.
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“Essa galera ignorante sempre vai existir, não é? Eu tenho aprendido a ignorar, não por ser evoluído, mas porque já me causou muito mal. Me incomoda, mas não em relação ao pensamento contrário, a desaprovação ou quando a pessoa expõe seus pensamentos, mas pela falta de respeito. É ruim quando as pessoas são agressivas e te diminuem ou julgam pela aparência”, disse ele Diabão.
Juntos, os dois passaram a se identificar com um novo estilo. De acordo com Michel, a vontade de modificar o corpo intensamente está acontecendo há 4 anos. “Tem muita coisa que eu puxei dela e ela puxou de mim nisso. Fomos descobrindo isso juntos. Ela veio para esse mundo e se apaixonou por isso também e seguimos tendo várias experiências”, afirmou.
Ela, por sua vez, conta que por trabalhar com estúdio de piercings, tatuagens e outras transformações corporais, o apelido auxilia na identificação de seus clientes, deixando uma marca. “Não me incomodo [com o apelido], em hipótese alguma. Tenho orgulho de ser quem eu sou”, garante.
“Uma coisa foi puxando a outra. Iniciei com as tatuagens, comecei a gostar de piercing, me encantei pela área da modificação corporal”, conta Carol.
“Aos poucos a gente foi se identificando, buscando uma aparência diferente, fugindo do padrão aceitável pela sociedade de hoje”, relata.
Temente a Deus
Fugindo totalmente dos estereótipos, se engana quem acha que a “mulher demônia” seja uma pessoa que não tenha religião. Pelo contrário, ela se diz uma pessoa com relação bem próxima a Deus. Mesmo precavida com o julgamento divido, ela correu atrás de orientações para realizar os processos.
“Conversei com meu marido e oramos para pedir ajuda para Deus. Já me questionei por medo em relação ao nosso Senhor. Entendemos que Ele não é assim e não julga por isso. É a modificação que eu me sinto mais entusiasmada, feliz e orgulhosa de ter feito”, diz Carol Praddo
“É normal as pessoas olharem, mas é inaceitável na rua eu estar passeando com meu filho e meu marido e ser xingada”, fala. “Independente das escolhas, você tem que respeitar as pessoas como ser humano, como indivíduo”.
Diabão fala que o relacionamento dos dois é muito saudável e maduro. “Sou muito grato a Deus pela família e pelo meu casamento. Poucos têm essa chance. Talvez, em vez de julgar, eles devessem aprender sobre o que é amor, o que é família”, finaliza.