Não acredite no que andam dizendo sobre relacionamento aberto
Texto escrito por Luisa Rodrigues e publicado no Superela
A maioria das pessoas que conheço definem o relacionamento aberto da seguinte maneira (e sem saber AO CERTO o que é): “Ah, lá vem esse assunto. Pessoas que estão em um relacionamento aberto não querem nada com nada. Tão a fim é de viver uma vida promíscua, sem respeito ao próximo, sem limites nem nada disso. É bem ‘ninguém é de ninguém’ mesmo. Aliás, quem AMA DE VERDADE não participa de uma coisa dessas”.
MENTIRAS, MENTIRAS E MAIS MENTIRAS.
Pois é, lindezas. Hoje eu vim aqui esclarecer algumas coisas sobre essa coisa exótica que é o relacionamento aberto. E um dos motivos que me fez escrever sobre isso é o fato de eu simplesmente NÃO ENTENDER COMO algumas pessoas se sentem no direito de “julgar” ou “reprovar” o AMOR em si. É um sentimento tão belo, e que vem em tantas formas, que eu acho uma sacanagem começar a limitá-lo da maneira como alguns “grupos” limitam.
Quando a gente se encontra num mundo bem caótico como este, precisamos lembrar que o planeta só não explodiu ainda porque existe amor nesta vida. Então bora cultivá-lo mais um pouco e deixar o próximo ser livre para amar da maneira como preferir? VAMO!
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Relacionamento aberto? Isso é tudo moda deste mundo moderno nosso!
Nananinão. Deixa eu te contar um segredinho que vai te deixar de boca aberta: o casal mais conhecido por manter o relacionamento aberto é da década de 1930. São eles Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Pra quem não sabe (porque ninguém é obrigado também, né?), ambos são filósofos e intelectuais MEGA importantes para a nossa história enquanto PESSOAS. Digo isso porque Simone é um dos nomes mais conhecidos e admirados do feminismo, e Sartre trouxe à sociedade uma das discussões sobre liberdade humana mais importantes para a sociedade como um todo.
Enfim, os dois chamavam seu relacionamento (que, por sinal, durou 50 anos) de “união intelectual”. Pois é, né? Até pra dar uns beijo esse povo tem que ser teórico. Mas né, fazer o quê.
Enfim, o relacionamento aberto, enquanto CONCEITO, foi reconhecido a partir da década de 1970. Eu, Luísa, gosto de dizer que ele tem algumas vertentes e regras, só que prefiro falar delas mais para frente que daí a gente vai batendo um papo mais tranquilo. Então bora descomplicar a parada:
Como funciona um relacionamento aberto, e por que não posso falar que ele é promíscuo?
Vou te contar uma coisa que pode ser chocante no começo, mas que, depois dum tempo, faz todo o sentido: o ser humano NÃO NASCEU monogâmico.
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