Nike rompeu com Neymar após funcionária denunciar assédio, diz jornal
De acordo com a denunciante, no incidente que teria acontecido em uma viagem do jogador a Nova York em 2016, ele tentou forçá-la a fazer sexo oral
Segundo informações publicadas pelo The Wall Street Journal nesta quinta-feira, 27, Neymar Jr., teve seu contrato com a Nike rompido após funcionária da empresa denunciá-lo por assédio sexual.
De acordo com a reportagem, o contrato multimilionário acabou em 2020 logo após a empresa começar a investigar uma acusação feita pela funcionária, que teve sua identidade mantida em sigilo. A companhia não chegou explicar o porquê do fim do contrato com Neymar, com quem tinha parceria há oito anos.
A funcionária falou para amigos e colegas da Nike ainda em 2016 que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral nele dentro do quarto de hotel em que estava hospedado em Nova York. A funcionária tinha ido ao local para ajudar na coordenação de eventos e logística para Neymar e sua comitiva, segundo testemunhas, incluindo antigos e atuais funcionários da Nike, além de documentos conseguidos pelo Wall Street Journal.
Neymar, por sua vez, negou a acusação em comunicado enviado via assessoria de imprensa ao jornal. “Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora”, disse a equipe do jogador em nota, que ainda alega que Nike e Neymar romperam por motivos comerciais.
A funcionária havia apresentado uma reclamação à Nike em 2018 e descreveu o episódio ao chefe de RH e também ao conselho geral da empresa. O caso teria acontecido em uma viagem de Neymar a Nova York no final de maio e início de junho de 2016. Nessas circunstâncias, ele visitou o Citi Field e conheceu o jogador basquete Michael Jordan, justamente na tentativa de emplacar uma colaboração entre a marca Jordan da Nike e o jogador do Paris Saint-Germain.
A denunciante, uma funcionária que trabalha há muito tempo na Nike e que, neste momento, ainda faz parte da empresa, afirma que o grupo celebrou naquela noite na boate Up & Down. Ainda de acordo com a mulher, depois da meia-noite, na madrugada de 2 de junho, pessoas da empresa que estavam no hotel pediram para ela e outro funcionário da Nike que ajudassem Neymar, que aparentava estar embriagado.
Ela falou para as pessoas que quando ficou sozinha no ambiente com Neymar, ele teria ficado pelado e tentado forçá-la a praticar sexo oral. A funcionária contou ainda que ele teria tentado impedir que ela saísse do local e foi perseguindo-a pelo corredor do hotel totalmente nu.
A funcionária também compartilhou a situação com muitos amigos, parentes e funcionários da Nike naquela noite e nos dias e semanas seguintes, disseram as pessoas. Ela firmou uma reclamação formal em 2018, quando outras mulheres da Nike se apresentaram para compartilhar experiências de assédio e discriminação, como parte de uma pesquisa sobre o tratamento dispensado às mulheres na empresa, de acordo com testemunhas e documentos obtidos pelo Wall Street Journal.