Novo formato obriga MasterChef a entregar troféu ao menos pior
Em um único episódio, não é nem justo cobrar dos candidatos uma performance exemplar
O novo formato do reality culinário MasterChef Brasil, exibido pela TV Band, tem obrigado os jurados do programa, os Henrique Fogaça, Erick Jacquin e Paola Carosella a entregar o troféu semanalmente ao candidato menos pior.
As polêmicas entorno das novas regras do reality começaram antes mesmo da estreia. Mas ainda na expectativa do que viria, era difícil avaliar se a mudança seria positiva ou negativa. Se você ainda não sabe, na sétima temporada do MasterChef Brasil, a cada semana 8 participantes diferentes disputam o troféu (para mais informações, clique aqui)
Bem da verdade, é que após dois episódios ainda é cedo para firmar uma posição única. Mas o que podemos ver até aqui é que 1h45 minutos é pouco tempo para conhecer 8 participantes, escolher o favorito, criar admiração e torcer.
E além disso, a perda maior está na produção dos candidatos ao troféu MasterChef, tão cobiçado por amadores e profissionais da gastronomia.
Sem tempo para desenvolver as técnicas e se tornarem melhores chefs, como aconteceu nas 6 edições anteriores, os jurados estão escolhendo o participante que leva para casa o troféu com base no menos pior.
O segundo episódio do reality mostrou isso. Numa prova já vista outras vezes, os finalistas tinham que fazer um hambúrguer do início ao fim, desde o pão, a carne, molho e até um acompanhamento.
Na web, os pratos entregues pelos finalistas, na última terça-feira, 21, viraram memes pela falta de qualidade. Teve pão grande demais, carne mal moída, queijo com casca de plástico não descascado, batata crua, pão cru.
Na hora das avaliações, pouquíssimos elogios e muita indignação. Paola Carosella chegou a soltar um “Para tudo”. O olhar era de desespero. Mas logo depois de detonar os pratos, Jacquin, a chef espanhola e Fogaça tiveram que escolher aquele que levaria o troféu para casa. Claramente a escolha do menos pior.
O final da edição, por mais que contasse com trilha sonora emocionante, não emplacou sentimento no público. Foi um final tristonho, se comparado ao que o MasterChef está acostumado.
Em um único episódio, não é nem justo cobrar dos candidatos uma performance exemplar. O legal das edições anteriores era justamente acompanhar o progresso de cada um. Ver na final uma disputa de gigantes.
Pelo visto, ficaremos com saudades dessa briga ferrenha entre dois amadores que se tornaram chefs e teremos que nos contentar com histórias rápidas e menos preparo técnico para levar o troféu MasterChef para casa.