Paulo André denuncia racismo contra ele e o filho: ‘Macaco e sagui’
"Usando pauta racial de forma desnecessária?", questionou o atleta, que expôs alguns dos ataques racistas que ele e o filho sofrem nas redes sociais
O ex-BBB Paulo André, explanou o racismo que ele e seu filho sofrem nas suas redes sociais. O filho do atleta, Paulo André Jr., tem apenas um ano de idade, e já é alvo das ataques racistas.
Na noite da última segunda-feira, 5, P.A. explicou no Instagram sua postura sobre um vídeo que viralizou ao se afastar rapidamente de uma admiradora.
Depois, no Twitter, ele disse que “preto vencendo incomoda” e respondeu os comentários de que estaria usando a pauta racial de forma desnecessária: “Vou apresentar um pouquinho do meu direct pra vocês que estão dizendo que não é necessário”, escreveu o modelo.
Em uma das mensagens, o indivíduo afirma que o tema “selva” para a festa de aniversário do menino era uma “ótima ideia”, “porque já tinha o macaco e o sagui”. A festa de Paulo André Jr., na verdade, teve a temática o filme “Rei Leão”.
Em outros ataques racistas, foram enviadas sequências de emojis de macacos e bananas. Um outro ofensor enviou: “ridículo como o pai”.
Vou apresentar um pouquinho do meu direct pra vocês que estão dizendo que não é necessário 👍🏾 pic.twitter.com/OW0mNDLgSP
— Paulo André 🏁 (@iampauloandre) September 6, 2022
Preto vencendo incomoda!!! quem não é da cor fala que é maluquice
— Paulo André 🏁 (@iampauloandre) September 6, 2022
Racismo é crime
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.