Devido a comentário homofóbico, Elton John promove boicote a Dolce e Gabbana

Por: Catraca Livre

Incomodado com as declarações de cunho homofóbico e conservador, feitas por dois estilistas da Dolce e Gabbana para a revista Panorama, o cantor Elton John (67 anos), promoveu uma campanha de boicote a grife italiana, que já tem Ricky Martin, Courtney Love e Ryan Murphy – diretor da série Glee – como apoiadores. As informações são do  “A Capa“.

Elton John; Stefano Gabbana e Domenico Dolce. Foto: Kris Connor/Getty Images| Gareth Cattermole/Getty Images

Posicionando-se contra a adoção gay, Domenico Dolce e Stefano Gabbana – que também são gays – chamaram filhos de homossexuais, nascidos por doadoras de óvulos ou pela barriga de substituição (a barriga de aluguel), de “crianças sintéticas, filhas da química”.

Eles também se declararam contra o processo de inseminação artificial. “A única família é a tradicional. Nada de química ou barriga de aluguel: a vida tem um curso natural, há coisas que não tem que ser mudadas”, responderam à revista.

Pai de dois filhos gerados por meio da barriga de aluguel, Elton, que é casado com David Furnish, divulgou  em seu Instagram uma foto do dois estilistas, com a legenda “Como vocês ousam se referir aos meus filhos como ‘sintéticos’? E que vergonha vocês se atreverem a julgar as técnicas de inseminação artificial: um milagre que permitiu legiões de casais tanto hétero quanto homossexuais de realizarem o sonho de terem um filho. O pensamento arcaico de vocês está fora de sintonia com os tempos, assim como sua grife. Eu nunca mais vou vestir Dolce & Gabbana de novo. #BoicoteDolceGabbana”.

Em sua defesa, Stefano Gabbana divulgou, no site da grife, o seguinte comunicado: “Sou siciliano e cresci com o modelo da família tradicional, feito de mãe, pai e filhos. Sei que existem outras realidades, e é justo que elas existam, mas essa é a minha opinião, isso é o que me foi dado. Cresci assim, mas isso não significa que não vou aprovar outras opções. Nós acreditamos na democracia e pensamos que a liberdade de expressão é essencial. Não era nossa intenção emitir juízos sobre as escolhas dos outros.”