Por que as mulheres devem amar suas partes íntimas
Texto escrito por Maine Ferreira, colunista do Superela.
Pensei muito no que escrever no meu primeiro artigo do ano, e claro a inspiração veio a galope. No Facebook vemos muita besteira, mas também conseguimos garimpar coisas maravilhosas. Me inspirei num post da página Vênus Garden – e o que me deixou com mais certeza foi ao conversar com amigas e perceber que poucas delas gostam de suas vulvas, que muitas até confundem como sendo a vagina, mas a vagina é o interior, ou seja, o canal (leia mais sobre o assunto aqui).
O que mais encontro no meu consultório são problemas de autoestima. Se as mulheres não acham beleza na sua aparência física, porque achariam bonitas as suas partes íntimas, não é mesmo? Mas vocês, leitoras queridas, devem estar se perguntando porque vale a pena falar sobre vulvas e vaginas? Afinal é um assunto tão feio, tal qual a menstruação não é mesmo? É nesse ponto que quero chegar: a sociedade ainda acha que o sexo é sujo, que dever ser tratado apenas entre quatro paredes, sem ser conversado, deve ficar relegado as fantasias ao mundo da imaginação, logo os aparelhos sexuais também são “impuros”, afinal, antigamente era apenas vistos na concepção.
Esse é o ponto que quero ressaltar ao falar de autoestima, amor e paixão, pois tudo se entrelaça. Sei que é um processo trabalhoso construir a autoestima, afinal, é o que venho trabalhando arduamente no meu consultório, mas vamos falar de prevenção, porque não adianta eu ficar repetindo “se ame, se queira bem, se ache linda”… Isso, queridas, é um processo muitas vezes longo e que precisa de psicoeducação e um terapeuta muito bom! ;)
Mas é possível amar suas partes íntimas e encorajar seus filhos a fazerem o mesmo, vamos lá?
Dicas para amar as partes íntimas:
1. Ensine aos seus filhos que eles são únicos
Ensinem que seus filhos são únicos, diferentes e incrivelmente fantásticos do jeito que são! A despeito deles serem péssimos em matemática, ter o pé torto, enfim… Ensine-os a contornar suas limitações, a não se sentirem derrotados. Descubra as potencialidades dos seus rebentos e estimule-os!
2. Estimule o amor próprio
Mães, digam as suas filhas que cada vulva é de um jeito e que a dela não é feia por ser maior ou menor. Mas como farão isso? No banho ou ao verem suas filhas nuas. Devem ainda estar perguntando por que fariam isso? Quando elas crescerem e se tornarem adultas, entenderão o motivo ao perceberem que se amam mais profundamente, do que se você elogiasse apenas seus atributos externos. Tive uma mãe assim e percebo como ela me ajudou a ter a confiança sexual que eu tenho hoje e, acreditem, essa confiança exala em todos os aspectos da minha vida, não apenas no amor e sexo, mas na vida profissional também.
3. Desmistifique o pornô do sexo real
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